O segundo álbum do Greta Van Fleet saiu neste mês de abriu via Universal Music e claro, a expectativa era grande por conta deste novo trabalho.
Quando o grupo surgiu em meados de 2018/2019, o álbum de estreia e a voz marcante de Josh Kiszka logo o mundo todo associou ao gigante Led Zeppelin, também pudera, a voz lembrava bastante mas não era tá! Comentamos sobre isso no post ‘Parece mas não é’ no Papo de Rockeiro aqui.
Elogios por todos os lados tiveram, além de ter ganhado o Grammy em 2019 como Melhor Álbum de Rock, também tiveram grandes críticas por causa de sua sonoridade ser sugada involuntariamente do clássico grupo, mas a responsabilidade do segundo disco acabou ficando mais pressionado.
O resultado foi até que positivo, as turnês ao redor do mundo, incluindo no Brasil, trouxeram inspirações nas suas letras e também o momento delicado que estamos vivendo por causa da pandemia contribuiu para letras fortes e inspiradoras.
Em suas 12 faixas, Josh Kiszka (vocal), Jake Kiszka (guitarra), Sam Kiszka (baixo) e Danny Wagner (bateria) refletem fortemente o crescimento pessoal e espiritual do grupo, bem como o aprofundamento da empatia pelas lutas e desigualdades que outros estão enfrentando.
Começamos com a conhecida ‘Heart Above’, uma bela canção com uma letra reflexiva além de um arranjo que remete muito aos anos 70. ‘My Way, Soon’ fala sobre liberdade e viver sem planos e traz uma pegada ainda mais old school, aquele rock contagiante de antigamente.
Ainda nessa viagem entre o antigo e o novo, temos a belíssima canção ‘Broken Bells’, onde a letra tem um tom bem filosófico para não dizer ‘reflexivo’ sempre e com um solo maravilhoso. Se eles queriam se distanciar das referências do Led Zeppelin, falharam miseravelmente na canção ‘Built By Nations’, com guitarras em destaque, uma pegada bem hard rock, lembrou bastante a clássica banda.
A já conhecida ‘Age Of Machine’ traz o questionamento de nossa era de máquinas e com uma intro poderosa só com o solo da guitarra. Inspirada nas favelas do Brasil quando o grupo veio ao país, temos a ‘Tears of Rain’, com um arranjo que soou acústico, a voz do vocalista ‘Josh Kiszka’ deixou um ar melancólico com uma letra forte.
Voltamos a pegada clássica anos 70 com ‘Stardust Chords’ que a letra aparentemente se espelha na capa e nome do álbum, essa foi a minha impressão. ‘Light My Love’ é um pedido ao seres superiores para que o amor seja iluminado, os arranjos até que soaram bem na música, deixando envolvente.
A guitarra na música ‘Caravel’ foi o destaque, onde preencheu do começo ao fim a música. Com o clima de guerra da Babilônia temos a canção ‘The Barbarians’ que no começo pensei que seria uma outra pegada mas o grupo não foge a sua fonte principal, o estilo old school dos anos 70.
Ao estilo ‘Era de Aquário’ temos a psicodélica ‘Trip The Light Fantastic’ que fala sobre você ser livre entre as estrelas. Encerrando o disco, temos a ‘The Weight Of Dreams’ que fecha o ciclo setentista do disco.
É evidente que o grupo sim evoluiu, trouxe mais maturidade no segundo álbum e a fonte de inspiração no rock anos 70 continua evidente e isso para os anos 10 é espetacular. 9 brejas muito bem celebradas neste disco!
Greta Van Fleet – The Battle At Garden’s Gate (2021 – Universal Music)
Tracklist
1- Heat Above
2- My Way, Soon
3- Broken Bells
4- Built by Nations
5- Age of Machine
6- Tears of Rain
7- Stardust Chords
8- Light My Love
9- Caravel
10- The Barbarians
11- Trip the Light Fantastic
12- The Weight of Dreams
Formação:
Josh Kiszka (vocal)
Jake Kiszka (guitarra)
Sam Kiszka (baixo)
Danny Wagner (bateria)
NOTA: 09/10