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Kiko Shred, natural de Americana, interior de São Paulo, guitarrista, compositor e professor de música, passou mais de uma década se dedicando aos estudos e a performance da guitarra, ganhando inicialmente conhecimento por integrar o grupo de Campinas Sllipery.

Também tem gente que se lembra com carinho quando ele integrava o Whitesnake cover.

Somente a partir de 2015 lançou-se em carreira solo, a partir daí é que realmente se sentiu seguro pra lançar algo que valesse à pena.

Ficou mais conhecido internacionalmente por tocar com Tim Ripper Owens (Ex-Judas priest, Yngwie Malmsteen, Iced Earth) e Michael Vescera (ex-Loudness, Yngwie Malmsteen), porém não deixou de acompanhar renomes do cenário nacional como Dr. Sin, Andre Matos, Vulcano, etc em países como México, Equador, Colômbia, Chile e Peru além do Brasil naturalmente.

Rebellion, quarto disco do guitarrista, ao contrário do disco anterior, tem mais músicas cantadas (na verdade o total de músicas instrumentais são 3 apenas) e a explicação para tal é que isso se deveu às influências de seus ídolos guitarristas, que tem uma maior receptividade do público, principalmente para os shows.

E falando sobre isso, a banda está com um novo vocalista, Ed Galdim, ja que em princípio e como anunciado lá trás, seria novamente Mario Pastore (vocalista de 4 faixas do trabalho anterior e que cantou nos shows de divulgação do mesmo também).
No show de lançamento de Rebellion, que ocorreu em 17/01/2021 no Manifesto Bar/SP, o vocalista convidado foi Flavio Souza ja que Ed Galdim estava se tratando de um problema no esôfago e, em comum acordo, chegaram a conclusão que para este evento deveria se poupar e não deveria se apresentar.

Neste trabalho, percebemos o quanto Kiko respeita os demais músicos, lhes dando liberdade para mostrar suas habilidades, ja que em trabalhos semelhantes o que normalmente vemos são guitarristas “fritando tudo e todos“, e assim não deixando os músicos mostrar suas capacidades musicais.
Neste ponto podemos ver claramente que Kiko tomou cuidado com o “ego”, pois uma coisa é você dominar a plateia e outra é atropelar todos os integrantes pra dizer que você é quem está à frente da banda. E para quem não sabe ainda, lembramos que o termo “shred” é uma técnica, mas que Kiko, justamente a usa quando necessário e com extrema cautela.

Destaques para as seguintes faixas:
Mirror com seu power metal tradicional e incrível, a minha preferida do disco; outro power que se destaca é Rainbow After of the Storm, que é muito bem executada e mostrando a versatilidade de todos os integrantes; em Rebellion, destaque para a bateria de Lucas Tagliari, que faz um trabalho muito bem diferenciado; Thorn Across My Heart com a participação especialíssima de Doogie White; Mors Non Separabit é a minha instrumental preferida e Honour to the Fallen Brothers, ponto alto pro refrão desta.

No geral os refrãos são incríveis, ficam suavemente na memória, não soam como algo pejorativo, até porque as músicas são muito fáceis de assimilar, em alguns momentos tivemos a sensação de que já as conhecíamos de tanta familiaridade.

Arte
Numa época em que bandas só conseguem lançar e divulgar seu trabalho virtualmente, Kiko faz parte de um seleto grupo que conseguiu seu trabalho físico: tudo muito simples e muito bem feito.
Tem encarte com todas as letras, fotos da banda, informações de gravação, crowdfunding, contatos, patrocinadores e etc.
Com relação à capa, não sei ao certo, mas podemos ver uma “rebelião” de Samurais, com um em destaque, este seria o líder Kiko e os demais os integrantes da banda? Não sei, apenas pensei nisto neste exato momento.
E esta arte foi feita por Leandro Araújo.

No geral
Kiko é um cara com os pés no chão, tá ralando muito para apostar nos lançamentos físicos e simplesmente está colhendo o que plantou, ou seja, os frutos do que investiu ao longo destes anos.

Neste disco, tenho a impressão de que está mais com cara de banda, justamente porque podemos ouvir tudo o que os integrantes tem a nos mostrar.
Claro que Kiko se destaca, mas também deixa cada integrante “a vontade para mostrar o motivo de ter sido  escolhido“.

Lembrando que para o evento Metal Singers (Udo Dirkschneider, Blaze Bayley, André Matos e Doogie White), Kiko integrou a banda de apoio dos 4 vocalistas, tocando por aproximadamente 4 horas, isso, praticamente soou como uma prova de fogo, afinal nem todos os músicos conseguem tocar por 4 horas seguidas e, recentemente ví uma entrevista de Kiko contando um fato interessante: durante o período do evento Metal Singers, em um almoço com todos os envolvidos, Andre Matos comenta com Kiko: “-Se vocês aguentam tocar por 4 horas seguidas vocês conseguem encarar por qualquer coisa!“, como se o evento fosse uma prova de fogo para os músicos. Eis aqui um belo exemplo de incentivo ao músico.

Com três faixas instrumentais Kiko é virtuoso, porém não como muitos exagerados e exibicionistas que costumamos presenciar por aí, com suas técnicas desnecessárias, ele versa pelo mundo do Hard Rock, Power Metal, Metal Clássico tranquilamente.

Este é um trabalho com muita simplicidade e muita energia e é um trabalho que tem seu destaque numa vertente é muito difícil se destacar.

Um ponto de destaque neste trabalho é para a masterização que é analógica, sistema diferente dos trabalhos anteriores e que faz uma grande diferença no final, quando tudo está pronto.

Todos levarão 8 brejas geladíssimas pelo trabalho apresentado.

Set List
01.Intro (instrumental)
02.Mirror
03.Rainbow After of the Storm
04.Rebellion
05.Thorn Across My Heart ( Feat. Doogie White)
06.Mors Non Separabit (instrumental)
07.Honour to the Fallen Brothers
08.The Hierophant (instrumental)
09.Voodoo Queen
10.Information War

Formação
Kiko Shred – guitarra elétrica, guitarra acústica e teclados
Ed Galdin – voz
Will Costa – baixo
Lucas Tagliari – bateria

NOTA:  08/10

By Alex Silva

Headbanger desde que se conhece por gente, Design Gráfico de formação, fissurado por discos de vinil de bandas de hard/rock/metal/punk nacional dos anos 80/90´s, no entanto um apreciador de uma boa música, independente de estilos.

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