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Power trio de Vinhedo/SP formado em 2016 lança de forma independente seu álbum intitulado Devastation´s Songs.
Paulo Bertoni (Guitarras/Lead Vocal), Danilo Souza (Baixo e Backing Vocal) e Marcos Frassão (Bateria), com muita simplicidade, atingem um nível incrível com seu Thrash, se é que podemos defini-los como dessa vertente do Heavy Metal.

Vamos às músicas:

O disco começa com uma introdução chamada Introspective. É bem sombria e é o prenúncio do que vem por aí, ou seja, muito peso e música de boa qualidade!

O disco abre, verdadeiramente, com The Cage. Nesta, realmente os riffs e refrãos fortes e bem marcantes são os adjetivos ideais aos quais podemos definir para esta música.

Em seguida temos Rite of Disorder. Pelo que pude perceber, o Kadabra faz questão de alternar a melodia das vozes nos refrãos e para esta música, percebe-se muito bem isso. O resultado é muito bom pois a música embora pesada, não torna-se “massante” aos nossos ouvidos.
Detalhe: esta música tornou-se o primeiro videoclipe da banda. As cenas do mesmo alternam-se entre a banda tocando e uma pequena história.

Logo temos Chosen Few que para mim, juntamente com Back Home, são as duas melhores músicas do disco. Tudo muito rápido porém com muita clareza aos nossos ouvidos.

Na Back Home parece um pouco mais trabalhada, tive a impressão de ouvir um tipo de som indiano (ou algo que o valha!) no início.

Na sequencia temos Obliterate que me lembrou, em alguns momentos, o Slayer bem das antigas, com um som bem cru, direto, forte e rápido.

Pay the Price é a sétima faixa do disco e tem uma melodia incrível. Agente só consegue entender isso ouvindo, o que quero dizer com isso é: “Ouça o disco!”
Detalhe: No finalzinho da faixa alguém diz: “Ficou ruim… não gostei”… não sei à que, especificamente, estavam se referindo e quem disse isso… agora fiquei curioso… provavelmente alguém fez algo bem específico, não acredito que “a música” não tenha ficado ruim! Alguém aí pode esclarecer?

A faixa de número 8 é o título do disco: Devastation´s Song. Nela temos como referência o baixo ressaltando aos ouvidos de forma limpa e coesa. Dificilmente ouvimos este instrumento mas aqui a coisa é diferente. Ouve-se e muito bem!

Novamente refrãos marcante para as músicas You Are a Lie e Death Penalty e muito peso fechando o disco com a décima primeira música: Pictures of War. Este power trio não fica devendo nada pra bandas que tem 5 e muitas vezes 6 integrantes. Não tem “buracos” em nenhuma das músicas. Dificilmente acreditamos serem apenas três integrantes. Digo mais: são apenas três integrantes porém com muita vontade de fazer um som competente e de externar toda a energia que cada um tem dentro de si.

Arte
A arte mostra uma espécie de mago (pode até virar mascote da banda heim!) segurando uma bola de cristal que tem refletido a imagem de um crânio. Como o disco não tem encarte, não temos informações de quem desenhou a capa e outras informações pertinentes ao disco (mixagem, produção, letras, agradecimentos, endorsee, etc).

No Geral
Achei impressionante a capacidade de fazerem refrãos marcantes, as vezes a música era bem simples e o refrão é quem a tornava grandiosa e interessante. Não sei o que essa galera faz mas muitos deles fica martelando na cabeça, eu até sonhei com isto, pode acreditar.

A banda é nova porém seus integrantes já participaram de outras bandas e isso reflete no amadurecimento neste trabalho.

O som lembra muito Slayer, Pantera, Anthrax, Metallica (das antigas) mas lembra muito mais Kadabra, ou seja, entendemos que todos estes monstros servem de inspirações para a identidade que o Kadabra adquiriu.

Estas músicas ao vivo são um absurdo. Vi um show completo em vosso canal no YouTube (Live in Cordeirópolis 2017 – Nonalisa Bar) e achei espetacular. Além de tocarem todo o repertório do disco ainda mandaram um cover do Iron Maiden (Wrathchild).

Gostei muito da qualidade das músicas gravadas, principalmente por serem feitas de forma independente. Acredito que o resultado não sairia tão “natural” se fossem produzido de outra forma. No início, até achava que o disco precisava de um produtor que desse uma lapidada no som, mas depois de ouvir com mais afinco percebi que não, está bom do jeito que está.
Talvez se algum outro produtor “metesse a mão” no som dos caras eles não ficariam tão coesos como estão neste momento.

As variações e possibilidades encontradas neste disco são infinitas. É muito bom ouvir um som “Brazuca” de respeito e com todas estas possibilidades à flor da pele. Tudo certo e no lugar certo. Conseguimos ouvir todos os instrumentos e em nenhum momento o som fica “embolado” como comumente acontece por aí e, principalmente, nesta vertente do heavy metal mais pesado.

A banda esbanja muita qualidade em suas melodias, muito peso e muito trabalho sério. Parabéns e espero vê-los muito em breve em algum festival e com um segundo disco como portfólio.

Vão levar 8 cervejas bem geladas!

Formação
Paulo Bertoni – Guitarras/Lead Vocal
Danilo Souza – Baixo e Backing Vocal
Marcos Frassão – Bateria

Kadabra – Devastation´s Song (2017 – Independente)

Track List
1.Introspective
2.The Cage
3.Rite of Disorder
4.Chosen Few
5.Back Home
6.Obliterate
7.Pay the Price
8.Devastation´s Song
9.You Are a Lie
10.Death Penalty
11.Picutures of War

NOTA: 08/10

By Alex Silva

Headbanger desde que se conhece por gente, Design Gráfico de formação, fissurado por discos de vinil de bandas de hard/rock/metal/punk nacional dos anos 80/90´s, no entanto um apreciador de uma boa música, independente de estilos.

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