O nosso RockBreja + Prosa não vem na décima edição e sim como uma edição Extra!!! Na semana passada os principais músicos do Brasil se encontraram na Expomusic em São Paulo aonde reuniu 200 expositores dos mais diversos segmentos e claro um encontro muito mais direto com os fãs realizando shows, workshop, acústicos e principalmente uma relação de amizade.
O RockBreja foi conferir no Sábado (dia 20), e tiramos muitas fotos (veja em nossa galeria) e ainda teve um bate papo muito descontraído com o Luiz Moraes, baixista da banda MachinariA, Dani Nolden, vocal do Shadowside, mais um vez com Douglas Jen, guitarrista do SupreMa e com o Fabio Carito, baixista do Shadowside e do SupreMa. O assunto foi dos mais variados, e claro sempre encerrando com o tema “cerveja”.
“Então pegue sua breja, e bora conferir!”
MachinariA
Luiz que é integrante da banda MachinariA, região Sul do Brasil, eles vão lançar em breve seu debut álbum “Sacred Revolutions/Profane Revelations”, ele falou um pouco sobre curiosidades do nome da banda, novidades que virão e claro, breja!
ROCKBREJA: Tem uma história por trás do nome MachinariA?
Luiz Moraes: Como toda banda, a procura foi bem extensa até achar um nome que soasse legal, forte e que remetesse ao som a banda. O nome foi inspirado num festival chileno de rock e metal, o “Maquinaria Rock”. A partir daí, alteramos a grafia, já que o chileno se escreve com “QU” e o nosso com “CH”, definindo assim o nome da banda
ROCKBREJA: Seu primeiro álbum que vai sair em breve, ele fala sobre a crueldade e tortura da Idade Média, quem teve esta ideia de ter este tema?
Luiz Moraes: Esta concepção temática veio do nosso vocalista, o Luciano Ferraz. Todos na banda são obcecados por história e o Luciano, especificamente, sempre foi intrigado com esta questão da crueldade e religião caminharem em paralelo e a inquisição é uma referência muito marcante nesse sentido. Com isso, a gente escolheu abordar a inquisição como uma alegoria para algo que acontece ainda hoje no Oriente Médio, como a perseguição das minorias religiosas, que é muito similar às práticas da Inquisição naquele tempo, porém, praticado por outras vertentes religiosas que, como no passado, também visam o poder e hegemonia na política. Nós demos esta ênfase visando chamar a atenção para este fator cíclico que a história nos mostra, que apesar do tempo passar, alguns velhos hábitos não mudam. O ser humano apesar de acreditar ter evoluído bastante, acaba descambando pra pontos muito primitivos.
ROCKBREJA: Futuramente vocês pensam em fazer álbuns com temas ou foi somente neste em específico por ser um disco de estreia?
Luiz Moraes: A gente tem vontade de abordar outros temas, talvez algo mais político. Têm vários assuntos que curtimos. Nosso vocalista, por exemplo, curte bastante assuntos relacionados à “Teoria do Caos” e as vezes conversamos algumas coisas nesse sentido. O tema para o próximo álbum ainda é uma incógnita, mas já temos algumas ideias na fila.
ROCKBREJA: Vocês falam que tem uma influência thrash, mas com uma pegada heavy metal, quais as bandas que são suas influências deste gênero?
Luiz Moraes: Quando a banda surgiu, a ideia era tocar covers. Era basicamente um grupo de amigos que queria fazer música. A influência principal era o thrash; Metallica, Testament, Megadeth, etc. Como a galera curte muita coisa diferente, eu além do thrash curto “Prog”, música erudita e outros estilos, nosso guitarrista, Matheus, faz faculdade de música e o resto da galera está sempre atento para sons diferentes, vem muita ideia diversificada. Então, se for resumir, a base da banda é o thrash, com influências de “Prog” e elementos de outros estilos.
ROCKBREJA: Nosso site fala de cerveja também, você tem alguma preferência e cervejas que gostam mais?
Luiz Moraes: Olha, na banda o pessoal é bem eclético para cervejas (risos). Eu prefiro mais as artesanais que o pessoal faz no Sul. Existe muita coisa boa por lá, como as Pale Ales.
ROCKBREJA: Tem uma cerveja que você gosta de tomar?
Luiz Moraes: Geralmente em festa eu escolho uma Stella ou Heineken dentre as “populares”.
ROCKBREJA: Uma artesanal que você tomou e gostou?
Luiz Moraes: Cara, lá no sul tem tanta coisa boa. A Coruja é uma boa pedida
ROCKREJA: Bom quais são os passos da MachinariA além do álbum de estreia?
Luiz Moraes: A ideia é focar total neste álbum e fazer a divulgação dele futuramente. A festa de lançamento será na cidade natal da banda, onde vamos exibir o clipe do primeiro single. Também vai ter um pintor local que vai registrar o show, será bem interessante. As datas de lançamento do clipe e do álbum serão divulgadas em breve.
ROCKBREJA: Uma mensagem final para os fãs do MachinariA no RockBreja:
Luiz Moraes: Primeiramente muito obrigado pela oportunidade de divulgar nosso trabalho, um abração pro pessoal que curte o RockBreja e para a galera que apoia o MachinariA. Temos uma base de fãs no sul que é muito forte e a gente espera que, com o lançamento do álbum, o resto do país possa conhecer o nosso trabalho.
Shadowside
Dani Nolden dispensa comentários, já é considerada uma das grandes vozes do metal brasileiro, ela falou conosco sobre a turnê “Inner Monster Out”, novo álbum, paixão pelo rock e fatos das brejas com os integrantes:
ROCKBREJA: Neste dois anos da turnê de “Inner Monster Out”, uma balanço geral dos pontos positivos deste período:
Dani Nolden: Essa, sem dúvida, foi a nossa turnê mais longa. A gente fez muito mais shows aqui no Brasil e lá fora também, acho que foram 60 shows no mundo inteiro, foi a nossa turnê mais bem sucedida, extensa e foi realmente algo que levou para um patamar diferente.
ROCKBREJA: Sobre o novo álbum que está chegando, vocês já tem algo pronto?
Dani Nolden: Temos alguns materiais em que estamos trabalhando, o Raphael tem algumas músicas e eu também, e acredito que até o final do ano devemos ter praticamente o álbum composto, mas iremos começar a gravar somente no ano que vem porque estamos fazendo os últimos shows do “Inner Monster Out” e trabalhando nessas músicas novas ao mesmo tempo.
ROCKBREJA: Em fevereiro falamos com o Douglas sobre uma parceria com o SupreMa e o Shadowside, agora para você é possível ter em uma faixa ou show?
Dani Nolden: Não descarto, até eu porque eu acho legal essas coisas. A gente não gosta muito de parceria com o artista só para constar e falar “eu fiz participação com tal cara famoso” ou algo assim, o legal da participação é o artista trazer alguma coisa para a gente. Nós do Shadowside preferimos trabalhar com pessoas que conhecemos e próximas, assim como os caras do SupreMa, e que possa vir e contribuir com algo. É possível sim, por que não?
ROCKBREJA: Como falamos com o Raphael e com o Fabio sobre cervejas (clique aqui), você gosta também?
Dani Nolden: Então, eu não bebo (risos), na verdade só gosto de vinho, não cerveja… mas acabo não tomando, até porque em turnê é complicado, onde todo mundo pode fazer festa, menos o vocalista! Eu tenho que dormir cedo, tomar nada de álcool, todos podem ficar conversando alto e eu tenho que ficar quieta no meu canto, sou a primeira a dormir e última a acordar, então fico isolada nas turnês e os meninos acabam provando cervejas de tudo que é tipo e eu fico só na “aguinha” pelo menos. Este é o sacrifício de ser vocalista (risos)!
ROCKBREJA: Agora falando fora do Shadowside, como começou sua paixão pelo Rock e as bandas que você ouvia?
Dani Nolden: Gostava muito de Queen e Michael Jackson quando era pequena, até por influência de minha mãe. E meus pais gostavam muito de música. Gostavam de Beatles e a minha família sempre foi muito musical, mas comecei a realmente gostar de rock quando tinha uns 10, 11 anos anos, quando meu primou me levou pra Guns N’ Roses, Skid Row, Judas Priest, então foi paixão à primeira audição. O Guns foi a banda de atitude que falava comigo, que me permitia colocar toda aquela rebeldia de pré-adolescente para fora (risos), e acabei me apaixonando pelo estilo.
ROCKBREJA: Com estas bandas, te influenciou a querer entrar na música?
Dani Nolden: Sem dúvida, minha primeira banda fictícia foi por causa do Guns N’ Roses, nunca saiu do papel, mas era eu, uma amiga de infância e meu primo. Eu ia tocar guitarra, meu primo tocava baixo e minha amiga cantava, só que ficou no papel e ninguém aprendeu a tocar nada (risos), mas foram eles que me levaram a gostar de música, a aprender a tocar piano e enfim cantar.
ROCKBREJA: Para encerrar, uma mensagem final para os fãs do Shadowside no RockBreja:
Dani Nolden: Espero que todos tenham curtido o “Inner Monster Out”, que tenham assistido aos shows e assistam aos próximos que virão, e que curtam o material novo, estamos trabalhando da mesma forma que o “Inner” foi feito, em grupo, bem espontâneo, “bem de banda” e com certeza vai ser pesado, marcante e nosso desafio é fazer uma coisa melhor que “Inner Moster Out”.
“Habicthual”
SupreMa
Já tínhamos conversado com o Douglas em nosso primeiro RockBreja + Prosa (clique aqui), mas destes meses muita coisa aconteceu e ficaram algumas questões pendentes e foram respondidas junto ao Fabio Carito que também é baixista do Shadowside e falou sobre como conciliar duas bandas em turnê e suas fugidas no mundo cervejeiro!
ROCKBREJA: Bom Douglas, boa parte das questões foram respondidas na primeira entrevista do RockBreja + Prosa em fevereiro, a partir daí ouve mudanças na banda, como a saída de dois integrantes (vocalista Pedro Nascimento e o baterista Fernando Castanha) e a entrada de dois novos, como foi feito a escolha deste novos membros?
Douglas Jen: Na verdade esse lance da formação é um pouco complicado, por que eles estavam ha um tempo tocando com a gente, e aquela pergunta clássica que costumo falar, é que o pessoal gosta de meter lenha da fogueira, de pensar que é um negocio brigado, que há um mal estar entre os músicos, que sai da banda “tretado”, mas não. A gente não tinha mais o mesmo direcionamento e tem uma hora que começa a ter um “racha” de ideias. Foi um conflito de planejamento, visão de futuro e isso na verdade deu uma desestabilizada na banda, não dá pra dizer que não, por que eram dois integrantes e metade da banda, mas logo em seguida já começamos a trabalhar, que este era o momento de um novo ciclo da banda. Este novo ciclo para a gente significa fechar o “Traumatic Scenes”, nosso primeiro CD, e começar a trabalhar o próximo. Foi um “baque” para nós, alguns fãs ficaram bem tristes, mas em contra partida muitos fãs ficaram alegres, porque a gente estava sem tocar desde setembro do ano passado e agora vamos mostrar as novidades agora em outubro, mas ainda não posso anunciar o que vai ser, mas o que posso dizer em primeira mão é que já estamos pensando no final da turnê do “Traumatic Scenes” e já vamos gravar o próximo disco o mais breve possível, se tudo der certo, no começo do ano.
ROCKBREJA: No seu próximo disco, vocês já tem ideia de como vai ser? Será similar ao “Traumatic Scenes”? (Álbum inspirado no filme “O Invisível”)
Douglas Jen: Pra ser bem sincero, o lance da gente fazer um álbum conceitual deu muito certo, como eu componho a maioria das letras e do conceito, então já comecei a desenvolver o tema do próximo disco. Eu acho legal este lance conceitual, porque você consegue interagir com várias coisas, a letra você interage com o cenário, videoclipe, figurino, que é o que frequentemente temos usando nos shows, então é tudo interagido. Temos um relógio que é usado no primeiro CD, que gira no sentido anti-horário, que é para dar a conotação de uma luta contra o tempo. Na verdade, cada hora que passa é menos uma hora em nossa vida. E este relógio está no palco, e vendemos ele no show, é uma marca que está ficando pro SupreMa. E nos discos que virão, vão ter vários elementos que serão ser bem marcantes, como um “mascote” da banda.
(Fabio Carito): Figurinos, cenário, letras, é tudo um Quebra-Cabeça.
ROCKBREJA: Em março você irá abrir para o Marty Friedman em seu workshow, qual é a expectativa deste grande evento?
Douglas Jen: Bom na verdade vou anunciar em primeira mão pra vocês, que não vai ser somente o Workshow de São Paulo, e por enquanto tem cinco cidades confirmadas que eu vou fazer a abertura, então vou seguir com o Marty Friedman pelo Brasil. Bom, é um pouco cedo para dizer, mas meu planejamento era para fazer o lançamento do meu CD solo junto com esta turnê com o Marty, mas estou com muitas viagens e compromissos com a banda e vai ser um pouco difícil finalizar o disco até lá. Algumas músicas do meu disco solo já serão tocadas nesta esta turnê com ele e para mim vai ser uma P*** experiência, porque apesar de estar com o SupreMa na estrada, rodando o Brasil inteiro, você estar com um artista internacional, ícone mundial, você estar viajando todo o dia com o cara e no mesmo Hotel, tomando café, passando o som, tocando, assistindo ele e de repente ele te assistindo, vai dar um certo nervosismo mas estou com uma expectativa enorme de começar a minha carreira solo com o pé direito.
ROCKBREJA: Fabio, você que é integrante do SupreMa e Shadowside, como é conciliar com as duas bandas?
Fabio Carito: Bom, é tranquilo porque a gente é gerenciado pela mesma empresa, a Furia Music, e se uma banda está na estrada, a outra provavelmente também está, fizemos eventos juntos e que deu certo ano passado, fica um pouco cansativo porque acaba uma banda e já emenda com a outra , é tempo de só trocar a camisa, o baixo e tocar, mas é bem tranquilo. As agendas são sempre passadas com muita antecedência, então dá para a gente se preparar certinho, e também com as músicas do setlist. É completamente saudável, porque são pessoas diferentes, estilos diferentes, a gente cresce como músico. Se feito da maneira correta, tudo bem, não tem problema.
(Douglas) O pessoal fala muito que ter duas ou três bandas é complicado, mas acho que à partir do momento que você é um músico profissional, esse mercado da música é muito difícil de sobreviver de um “trampo” só. Então acho que a galera das bandas tem que ter esta compreensão, passamos a agenda com antecedência, e porque não conciliar? Tem banda que já faz de propósito do cara ficar amarrado e não ter outro projeto, mas a gente não, eu tenho outras coisas, outros músicos tem outros projetos, e é super tranquilo.
ROCKBREJA: Do mundo cervejeiro um de vocês tomam cerveja?
(Fabio) Eu estou de férias e não tomo mais.
(Douglas) Está de férias Carito? (risos)
Fabo Carito: Eu tomei um pouquinho antes da turnê do Shadowside na Europa, bebi um pouco além da conta (risos), as alemãs! Por aí não tem como, se você não bebe por ali, fica feio! (risos)
ROCKBREJA: Para encerrar, a mensagem final pros fãs do Shadowside e Suprema no RockBreja:
Fabio Carito: Para a galera aguardar que o SupreMa vem com força total, a outra metade da banda vai vir quebrando tudo, com músicas novas, shows que ocorrerão possivelmente no final do ano. Shadowside também vai entrar em composição no final do ano, talvez alguns shows também e espero que a galera continue acompanhando que é bem bacana.
Douglas Jen: Vou deixar o site www.supremametal.com , e também avisar a galera que vou fazer uma divulgação do SupreMa nos Estados Unidos, vou ficar uns dias em Nova York, será a primeira viagem internacional pra divulgação da banda, estou com uma expectativa muito grande de trazer muita noticia boa de lá e voltando dos EUA, o SupreMa vai retornar, acho que novembro vai estar na estrada de novo. Finalizaremos a turnê do “Traumatic Scenes” e se tudo der certo, disco novo! Isso aí valeu galera!
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Agradecimentos: Sergio Dias (Furia Music), Luiz Moraes, Dani Nolden, Douglas Jen e Fabio Carito pela entrevista!