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Foto: Divulgação

Chegando em sua edição 47, o RockBreja + Prosa vem com o guitarrista do Axes Connection, Marcos Machado!

O músico contou um pouco sobre a banda, o mais recente disco ‘A Glimpse of Illumination, vida pessoal e claro, um pouco de sua visão sobre a cerveja artesanal.

Se você quer saber mais sobre a banda e o disco, tem o nosso review que foi bem positivo o resultado. Clique aqui.

Bora beber e ler sobre a entrevista?

ROCKBREJA: Sabemos um pouco da história que motivou vocês a levarem este projeto chamado Axes Connection em frente, conte-nos mais sobre ele e sua concepção.

Marcos – Tinha saído da Distraught em Dezembro de 2012 e meu irmão Vitor foi para o hospital em Janeiro de 2013. Tivemos uma conversa e lhe contei que havia saído da banda e que ainda não sabia bem o que fazer e ele imediatamente me convidou pra retomarmos o nosso projeto. Ele não tinha nenhuma possibilidade de retornar a tocar devido seu estado de saúde, mas mesmo assim foi uma pessoa que sempre acreditou em nossas músicas. Tanto que vivia mostrando a todos amigos ou novos amigos que ele conhecia. Pensando sobre isso logo após a sua morte eu me senti como obrigado a dar continuidade ao projeto. Era um sinal muito claro que eu devia continuar e retomar tudo. Fizemos o melhor possível. Mas o mais interessante é que não tive que convidar quase ninguém. Apenas contei ao meu irmão Márcio que iria fazer o projeto novamente e ele se convidou pra participar. A mesma coisa aconteceu com o Magoo nos baixos. Somente a partir dai que começamos a procurar por um baterista. Lourenço Gil respeitou muito a essência da maneira que o Vitor tocava e fez um excelente trabalho.

ROCKBREJA: O disco ‘A Glimpse of Illumination’ ficou do jeito que foi idealizado, lá atrás? O que vocês mudaram no meio do caminho até sua conclusão?

Marcos – Quando falamos do projeto todos pensam num primeiro momento que tínhamos tudo pronto, o que não é verdade. As músicas eram instrumentais e sua maioria teve que ter arranjos novos e inclusão de novos riffs, solos e melodias. Também tive a preocupação de colocar um metrônomo pra deixar tudo mais certinho nos andamentos e mudanças de ritmo. Além disso as letras tiveram que nascer do zero. Também não tínhamos o número suficiente de músicas pra compor o álbum, então criamos muitas coisas pra ele. Por isso tudo eu diria que o resultado foi muito melhor do que tínhamos realmente em mãos no início de tudo.

ROCKBREJA: Vendo o disco pronto e a receptividade do público, o que você mudaria nele?

Marcos – Tivemos total liberdade pra fazer exatamente o que queríamos desde o início e não criamos grandes expectativas quanto à crítica do álbum e por isso mesmo tem sido uma grande surpresa todas as resenhas positivas que temos recebido dos sites/blogs especializados. Agradeço muito por isso e nos sentimos de forças renovadas a cada resenha que lemos. Então eu não mudaria nada nele. Nasceu como gostaríamos que fosse.

ROCKBREJA: Marcos, sabemos que é um tanto difícil lhe dar com a perda de um ente querido, se você tivesse oportunidade de dizer algo ao seu irmão Vitor neste momento, o que diria a ele? Sobre o projeto, sobre ele, sobre qualquer coisa que seja o que diria?

Marcos – Eu diria que fizemos o melhor possível e sempre que soubemos que podíamos refazer pra ficar melhor simplesmente refizemos, ou seja, foi uma busca pela perfeição dentro de nossos limites pra honrar a memória do Vitor. Não era a nossa reputação que estava em jogo, mas também a do Vitor e ele não pode se defender de onde está. Tinha que ser bem feito e ponto final. Incansavelmente mixamos e remixamos e adicionamos novos elementos sem medo de ousar, sem medo do que os outros pensariam porque era assim o pensamento do Vitor e da maneira como pensávamos o projeto. Nos mantivemos fiéis ao que queríamos fazer. Tive diversos sonhos com ele assim como o Márcio e inclusive o Magoo também teve. Em um de meus sonhos ele escutava e concordava com o direcionamento que estávamos tomando. Em um outro com o Márcio ele perguntava se não estávamos muito devagar. Acho que ele nos chamou de “lesmas” mesmo o que seria normal vindo dele. Sempre houve uma competição para que conseguíssemos o melhor arranjo ou melhor riff e sempre foi uma competição a favor da música. Então onde for que ele esteja, espero que tenhamos alcançado um resultado que o orgulhe e que principalmente o deixe honrado.

ROCKBREJA: Fizemos o review do disco de vocês em nosso site e o que me chamou atenção na música “The True Connection” é que embutida nela tem um cover do The Cult, “She Sells Sanctuary”. Vocês poderiam regravá-las em separado, porém não fizeram. Conte-nos o motivo de serem uma única música e o porquê de “She Sells Sanctuary”.

Marcos – Primeiramente queria agradecer pela resenha que fizeram de nosso álbum. Quanto a música do The Cult foi gravada para lançarmos em vídeo clipe e ficou tão legal que após termos fechado o CD promo resolvemos inclui-la. Às pressas deixamos como uma faixa escondida, mas ainda estamos finalizando o CD físico pra lançamento em breve e a faixa da “She Sells Sanctuary” vai ser uma faixa separada e, portanto serão 11 faixas no álbum.

ROCKBREJA: Existe alguma sobra de estúdio que não entrou neste disco? Algum material que possa ser reaproveitado e que possa vir a gerar um novo disco?

Marcos – Temos muita coisa guardada, mas acredito que selecionamos o que tinha de melhor e que representava muito bem o que queríamos mostrar ao público.

Axes Connection / Foto: Billy Valdez

ROCKBREJA: Sabemos que é um tanto difícil conseguir um espaço que seja para divulgar as bandas e mais difícil ainda, os shows, o Axes Connection tem tocado onde? Quais são os planos para os shows e futuro?

Marcos – Estamos no início começando a correr atrás de lugares e shows. Queremos tocar onde for possível apesar da crise existente. Aproveito para nos colocar a disposição para que produtores entrem em contato conosco pelo Facebook.

ROCKBREJA: Como você vê esse ‘boom’ de cervejas que diversas bandas vêm lançando e se há uma possibilidade de vocês também terem sua cerveja:

Marcos – Acho muito positivo e principalmente o fato das cervejas artesanais estarem em crescimento para que possamos ter outras alternativas além das mesmas grandes fábricas milionárias que fazem sempre a mesma coisa.

ROCKBREJA: Uma cerveja que você tomou, gostou e recomenda ao nosso site:

Marcos – Artesanal claro. Indico a Coruja Viva bem gelada. Provei uma pilsen alemã chamada Astra que era muito boa também. No inverno mais rigoroso gosto de beber uma cerveja mais encorpada e vario entre Weisenbock/Dunkel. No verão prefiro a pilsen.

Coruja

ROCKBREJA: ROCK + BREJA, o que faz pensar nessa combinação?

Marcos – Acho uma combinação perfeita. Uma boa música com uma boa cerveja não precisa mais nada pra deixar uma pessoa feliz.

ROCKBREJA: Uma mensagem final aos fãs da banda em nosso site:

Marcos – Queria agradecer ao espaço para poder externar nossas ideias e sentimentos além de nossa música. Queria também pedir ao público que continue apoiando iniciativas como a do Rock Breja que mantém aceso o movimento musical underground. Peço humildemente que reservem alguns minutos para conhecer nossa música. “A Glimpse Of Illumination” do Axes Connection já está disponível nas principais plataformas digitais.

Links:
https://www.facebook.com/axesconnection
https://www.twitter.com/axesconnection
https://www.soundcloud.com/axesconnection

Contribuição para a entrevista: Alex Silva e Henrique Carnevalli

Agradecimentos: Susi dos Santos e Eliton Tomasi (Som do Darma

By Henrique Carnevalli

Viciado em música, Pirado na fase psicodélica do Ronnie Von e Corinthiano. Lupúlomaníaco e Beer Sommelier formado no ICB.

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