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Banda formada em 2008 oriunda de Portland (Maine/EUA) tem em sua bagagem seis discos, entre EP´s e discos completos: 2011 – Sunrunner (EP) e Eyes Of The Master, 2013 – Follow The Path (EP) e Time In Stone, 2014 – Race To Olympus (EP), 2015 – Heliodromus e 2018 – Ancient Arts Of Survival este último, motivo deste review.

Sunrunner tornou-se um quarteto (mesmo que no site oficial da banda apareça a foto de três integrantes apenas!) com um detalhe muitíssimo importante (pelo menos para nós Brasileiros!): Bruno Neves (ex-integrante das bandas nacionais Noerya e Kromun e da internacional Desant da Romênia), atual vocalista da banda, é de Frutal/Minas Gerais e foi escolhido após atender a uma postagem nas redes sociais diante de um concorrido processo seletivo e acabou sendo o escolhido para o posto de vocalista do Sunrunner, motivo de muito orgulho!

Rock Progressivo“? Não sei não… prefiro chamar de um som “híbrido” até porque ao ouvi-lo nostalgicamente me veio um filme na memória e me fez lembrar de várias bandas fascinantes e que influenciou e influencia muita gente por aí.

As músicas não seguem um padrão, cada música é uma viagem individual e necessita de uma atenção maior do ouvinte com resultados incríveis ao final de cada uma delas.

Destacamos algumas músicas e suas semelhanças com bandas referências (pelo menos na minha visão!):

Tracking The Great Spirit me lembrou muito a sonoridade do Black Sabbath, aqueles riffs de guitarra e baixo extremamente sombrio.

Inner Vision lembrou muito as bandas Blind Guardian, Hammerfall com a voz de Michael Kiskie nos refrãos.

Prophecy Of The Red Skies, faixa com pouco mais de 10 minutos de pura viagem musical, me deu um susto tremendo me fazendo lembrar da banda Shaman, formação clássica. Esta, ganha hoje, como a melhor faixa do disco e a explicação se dará no decorrer deste review.

Em Arrive, Awake, Survive and Thrive me fez lembrar ao mesmo tempo das bandas Scorpions (Doctor, Doctor), Europe (The Final Countdown), Helloween (Keeper of the Seven Key) e Iron Maiden (The Duellists).

Ao ouvir Palaver viajei relembrando de bandas como Blind Guardian, Hammerfall e Blaze Bayley (fase Iron Maiden).

É sempre bom reforçar aqui quando escrevo que uma banda “lembra” essa ou aquela banda de maior visibilidade, pelo menos de minha parte é uma coisa muito boa porque trás boas recordações e nunca, mas nunca quer dizer que uma está “copiando” o som da outra. São apenas referências e referências boas diga-se de passagem.

Arte
O material que nos foi enviado, um CD-R muito bem impresso e envernizado.
A arte da capa é muito bem feita, nela é retratado um indígena e a natureza aparecem com alguns elementos futuristas, tendo tudo a ver com o título do disco.
Também é uma mistura entre o passado e o futuro, como se o índio ao invés da beira da extinção, fosse um ser mais adaptável às mudanças, numa cidade futurista a beira de um lago e em perfeita harmonia com a natureza e a tecnologia.
A tela é assinada por Jan Michael Barlow.

No Geral
A novidade para este disco realmente foi a entrada do vocal Bruno Neves, deu uma energia incrível e somou muito pro resultado final do disco.

Tenho que destacar aqui o motivo de escolher a faixa 5- Prophecy Of The Red Skies, como a melhor do disco: após passar o primeiro minuto da música cheguei a tomar um susto quando a ouvi pela primeira vez (e olha que a ouvi várias vezes!). Num primeiro momento achei que ela tivesse a participação do, infelizmente recém falecido, Andre Matos, pois as linhas de vozes tinha muito o timbre dele, algo incrível mesmo.
Depois ficou tudo mais confuso ainda pois parecia que estava ouvindo alguma música “inédita” do Shaman (fase clássica!), pois a batera também era muito parecida com as levadas de Ricardo Confessori bem como o baixo de Luis Mariutti e os riffs de guitarra de Hugo Mariutti, e o pior de tudo, como o material não tem encarte, tive que recorrer à internet para obter qualquer informação que fosse sobre esta música e se a mesma tinha alguma relação com os citados acima.
No final das contas tudo não passou de uma “mística e nostálgica” coincidência. A música é excelente, tem várias passagens diferentes, uma atmosfera incrível e me fez lembrar com carinho de um ídolo ímpar no metal mundial.

Gostei muito da maioria das músicas porém, como um todo, senti falta de alguma coisa “a mais” no disco. Na minha opinião, talvez a produção (masterização e mixagem) do disco deveria ter trabalhado um pouco mais as linhas das vozes, parece não ter sido valorizadas o suficiente. Poderiam ajustá-las um pouco mais nas faixas mais épicas.
Não sei se pelo fato de Bruno na época das gravações, estar longe do resto da banda, enviando os materiais daqui do Brasil contribuíram para deixar o disco menos a cara dele, ou talvez fizesse com que ele opinasse menos, pela distância, pode ter sido a causa deste “a mais” que eu me refiro, mas esta é apenas uma suposição.

Boas composições, excelentes músicos, um disco incrível, soando como se estivéssemos em uma viagem entre as décadas de 70/80/90 porém com um ar contemporâneo.
8 é a nota para este disco incrível e que híbrida e nostalgicamente me agradou muito!

Formação
Bruno Neves – Vocal
David Joy – Baixo e Backing
Joe Martignetti – Guitarra e Backing
Ted MacInnes – Bateria e Backing

Track List
01-Drawnland (Instrumental)
02-Tracking The Great Spirit
03-Inner Vision
04-The Scout
05-Prophecy Of The Red Skies
06-Distorted Reflection
07-Arrive, Awake, Survive and Thrive (Instrumental)
08-Palaver
09-Stalking Wolf

NOTA:  08/10

By Alex Silva

Headbanger desde que se conhece por gente, Design Gráfico de formação, fissurado por discos de vinil de bandas de hard/rock/metal/punk nacional dos anos 80/90´s, no entanto um apreciador de uma boa música, independente de estilos.

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