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No Halloween de 2018 lançou o single “Mankind” (Raw Version), em 2019 o álbum “Rebel Hearts”, motivo deste review, este são alguns dos trabalhos de Föxx Salema, cantora/musicista natural de Bragança Paulista/SP com mais de 20 anos de estrada na cena independente.

Desde 2015 Föxx Salema tornou-se uma banda com músicos de estúdio e o disco Rebel Hearts foram gravados com eles.

O som do disco permeia entre o Rock, Hard e Metal, porém de um jeito bem peculiar, bem reto, sem firulas nenhuma, bem tradicional mesmo.

O disco começa com uma intro de 7 segundos, Vulpine Beat, literalmente a batida de coração de uma raposa.

Na seqüência temos a faixa título, Rebel Hearts, que me impressionou nos primeiros 15 segundos, me fez lembrar muito o Viper no disco Theatre of Fate, porém só foram nos primeiros segundos mesmo, depois a música toma outro rumo. Tem um refrão bem tradicional e direto.

Logo em seguida temos Vengeance Will Come música pesada e que Föxx manda um gutural no refrão.

I é a quarta faixa e nela gostei muito do refrão com o instrumental, porém todo seu outro conteúdo achei que não se encaixava muito bem.

Emotion Rain, começa como uma balada depois cresce bastante.

A sexta faixa, Subconscious, já começa no 220v, o contrabaixo de Karine se destaca bem, bem como o pedal duplo da bateria de Alessandro.

A penúltima faixa, Mankind, tem um riff de guitarra bem marcante e olha a Karine aí novamente!

O disco fecha com a faixa Constant Fight (2018 Version) que original e digitalmente foi lançada em 2013. Clique AQUI para ouvir a versão 2013.
Com certeza é a faixa mais pesada do disco e a minha preferida também.

Arte
A capa tem o logotipo de Föxx Salema com uma tipografia bem particular na parte superior e a inferior é o nome do disco em branco.
A arte combina uma foto com as mãos de Föxx praticamente protegendo (ou querendo segurar!) um coração.
O fundo é preto fosco bem como todo o resto, digo, capa e contra-capa.
Também há um encarte com todas as letras e informações de gravação, produção e dedicação também.
Existe ainda duas fotos de Föxx, uma no encarte e outra dentro do CD, com coturno, saia e jaqueta pretos.

No Geral
Penso que se as músicas do disco tivessem a pegada da faixa regravada, Constant Fight, o trabalho poderia ter ficado mais interessante como um todo.

Ví algumas coisas de Föxx na internet e ao vivo, como covers de bandas como Europe (The Final Countdown), Bon Jovi (It’s My Life), Mötley Crüe (Home Sweet Home), Gotthard (Anytime, Anywhere), Viper (Living for the Night) e Angra (Make Believe, Lisbon, Reaching Horizons), além de seu material autoral, confesso que gostei muito do que vi e ouvi de Viper e Angra e o seu material autoral, porém no disco de estúdio acho que faltou alguma coisa que não sei ao certo o que é, se mixagem, se produção, alguma coisa faltou pra deixar o som mais solto, mais natural, achei o som do disco um pouco enrijecido demais. Principalmente a voz que deveria ser a cereja do bolo.

Föxx me pareceu uma pessoa simples e até, em alguns momentos, tímida demais. Penso que poderia se soltar mais, ficar mais à vontade pra que as coisas fluíssem de uma forma melhor, mais natural.

Faço questão de comentar aqui que na verdade o que importa é a arte, o trabalho que um artista faz e muitas pessoas se preocupam (e se incomodam!) justamente com o que não é importante em determinados momentos, o que uma pessoa é, ou qual sua orientação sexual e por aí vai. Tem pessoas que faz disso sua bandeira e envereda por um caminho torto e absurdo. Fiz este comentário pois, para quem não sabe, Föxx é pioneira como transgênera no Heavy/Hard brasileiro o que, obviamente, tem incomodado muita gente, principalmente depois do lançamento do disco Rebel Hearts. Fico me perguntando em que mundo estas pessoas incomodadas vivem? Só para citar alguns exemplos de que a arte é muito maior do que orientação sexual, o que podemos dizer de Fred Mercury, Rob Ralford, Cazuza, Renato Russo?
A arte destas pessoas, o legado que estes artistas deixaram e estão deixando é algo sem precedentes e, com certeza, suas orientações sexuais não ofuscam em nada sua arte!
Vou parar por aqui, pois religião, sexualidade, política são assuntos deveras delicados para se discutir, principalmente aqui em um review de um artista.

Bom, voltando ao review, penso que alguns ajustes poderiam deixar o trabalho ainda melhor, no entanto a garra de se fazer tudo na raça, do próprio bolso e de forma independente reflete quanta força e fôlego este artista tem.
Sem preconceito nenhum, nossa nota é 7 para este disco!

Formação
Föx Salema – Vocal e Backing
Karine Campanille – Guitarra, Baixo e Teclados
Alessandro Kelvin – Bateria

Track List
01-Vulpine Beat
02-Rebel Hearts
03-Vengeance Will Come
04-I
05-Emotion Rain
06-Subconscious
07-Mankind
08-Constant Fight (2018 Version)

NOTA:  cervcervcervcervm 07/10

By Alex Silva

Headbanger desde que se conhece por gente, Design Gráfico de formação, fissurado por discos de vinil de bandas de hard/rock/metal/punk nacional dos anos 80/90´s, no entanto um apreciador de uma boa música, independente de estilos.

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