Banda incrível com pouco mais de uma década e meia de existência e que em seu material anterior, o pesadíssimo single So It Comes, que resenhamos AQUI ja vinha nos surpreendendo e, sinceramente, sentia que vinha algo muito bom por aí.
Embora ja tenham alguns materiais lançados (duas Demo-tapes, dois Ep´s e três singles) no novo disco são 9 faixas inéditas mostrando que a galera tem “bala na agulha“.
“Lá no início era uma banda de classic rock, metal, progressivo e com o passar do tempo a necessidade de se criar um som mais pesado foi natural”, conforme Anderson Andrade (baixo e fundador da banda) nos esclarece.
Atualmente o som da galera versa em uma mistura de Thrash e Death, uma soma de um som Old School
acrescido de elementos contemporâneos, mas não vamos nos apegar a rótulos não, o negócio é curtir o som e entrar nessa vibe de pura energia e peso.
Destaco aqui as faixas Farewell (a melhor faixa do disco! Não tem intro nem nada, a porrada ja corre solta sem avisar!), Devil On My Shoulder, New Blood e Self-Chained como as principais do disco.
Não só nestas faixas mas no disco como um todo as nuances entre uma música e outra, um detalhe e outro é que faz a diferença. É um disco que se houve de uma só vez, sem pular uma faixa se quer. Sonoramente, todo o álbum é bastante linear, tendo brutalidade mas ao mesmo tempo uma sutil eleve ambientação entre uma faixa e outra que as encaixam perfeitamente.
Foi lançado em Dezembro de 2020 e em média, as músicas tem pouco mais de 3 minutos e no total o disco passa pouco dos 30 minutos de duração.
A banda participou da 12a edição do Roadie Crew Online Festival com o registro ao vivo da música Farewell.
Também tem o clipe oficial da música New Blood e Official Lyric Video da faixa The End.
Lembrando que após as gravações, Thiago Pasqualini foi substituído pelo novo vocalista Fernando Xavier. Este, além de acompanhar a banda nos bastidores desde o início, sempre foi fã e após alguns acertos e muita ideia com Anderson, entrou para a banda que sempre foi uma de suas referências. Imagina a felicidade desse cara: passou de fã para vocalista da banda!!! Temos alguns raros exemplos como esse na história do rock mundial e agora aqui, em terras Tupiniquins.
A banda gravou uma muito bem aguardada “Live” e que iria ser transmitida e, infelizmente, não foi devido a problemas técnicos na transmissão, porém este material está muito bem guardado pra ser disponibilizado num futuro próximo, pois, segundo os integrantes ficou um material incrível.
Eu só tenho uma coisa a dizer: “Então solta logo né galera!”
Sabemos que a pandemia deu uma chacoalhada geral em tudo quanto é segmento e a banda se viu na necessidade de criar novos conteúdos (lyric video, Live, merch, etc) pra não sumir do cenário. Então bora lá ajudar a galera, tem CD, tem camiseta (inclusive com uma estampa incrível e muitíssimo bem feita e atenção: NÃO é o mesmo desenho do CD The One, é um outro muito bem elaborado!!!).
Arte
A capa é assinada por Jean Michel, que ja trabalhou com bandas de renome como Metal Church, John Corabi, Keep of Kalessin só pra citar algumas.
Esta é uma capa que nos chama muito a atenção pois é recheada de simbolismos e misticismo.
Tanto as letras como ela representa desde o contexto do cotidiano até nossas batalhas internas, como principalmente a maior questão da vida: sobre quem somos e de onde viemos!
Como descrito no informativo para a imprensa: “O anjo simboliza nossa alma, ofuscada pelos sete pecados capitais. Ela ainda traz uma corrente nos pés (escravização pelo sistema) e o símbolo do infinito (espírito). E ao seu lado direito, o jardim do Éden, em sua representação original numa progressão pelas pirâmides Maias até os tempos atuais. Há ainda referência aos anjos caídos, o símbolo do alfa e o ômega.”
Além das letras das músicas, também há fotos da banda num cenário sombrio (mesmo local onde foi gravado o clipe), informações técnicas, agradecimentos… tudo conforme deve ser.
No geral
Como é bom estrear um álbum completo como este: pesado, conciso, limpo e com muita energia!
Tudo aconteceu no seu devido tempo e como deveria acontecer, a banda com os seus mais de 15 anos de existência e nós é que somos presenteados com um excelente disco, num segmento por muitas vezes não tão reconhecido como deveria.
Lembrando que quem assina a produção é, novamente, Thiago Bianchi (Noturnall, ex-Shaman) e que foi gravado no Estúdio Fusão em Cotia/SP.
O Hammathaz faz parte de um grupo seleto de músicos extremamente corajosos que lançaram seu trabalho de estreia na pandemia, uma tarefa bem complicada, complexa e muito difícil.
E pra finalizar, segue o depoimento do guitarrista Rodrigo Marietto com relação à importância que a produtora tem em apoiar e dar o devido suporte às bandas de seu cast: “A junção do nosso trabalho com o profissionalismo e seriedade da nossa produtora Som Do Darma fez esse objetivo se tornar realidade, principalmente se considerarmos o contexto da pandemia.”
Vão levar 8 brejas extremamente geladas!
Set List
I- Farewell
II- Devil On My Shoulder
III- From The Grave
IV- New Blood
V- Bringing Hell
VI- Self-Chained
VII- Tear The Walls
VIII- Irrational Beings
IX- The End
Formação
Thales Statkevicius (guitarra)
Rodrigo Marietto (guitarra)
Anderson Andrade (baixo)
Thiago Pasqualini (voz – gravou o disco)
Fernando Xavier (voz – atualmente vocalista da banda)
Lucas Santos (bateria)