A banda Mad Sneaks de Minas Gerais lançou em 2013 seu primeiro disco chamado de ‘Incógnita’, teve uma produção de peso, nada menos que Jack Endino, lendário produtor do primeiro disco do Nirvana, afinal não poderia ser outro, a alma grunge que a banda leva acaba remetendo em seu disco mais recente.
Contendo 9 faixas, o álbum leva para uma sonoridade muito forte do grunge dos anos 90, teve até momentos que o timbre do vocalista lembrou o do Nasi, mas foram meras semelhanças, já que o álbum perto do Ira! são de lados bem opostos. Ao prestar bem atenção, assemelha-se muito ao eterno Kurt Cobain.
‘Incógnita’ apesar do nome, não ficou incerto, e sim trouxe uma certeza neste disco, o tradicional grunge rasgado e sem “delongas” e com muitos gritos e riffs.
A faixa intro “Canção Sem Fim” apesar de ser sem vocais, achei bem interessante porque foge um pouco das outras faixas que leva para o lado “Noventista”, e esta tem uma pegada mais hard ‘n heavy.
“A Cura” faixa já divulgada pela banda mostra com mais ênfase os timbres vocais de Agno Dissan ao líder do Nirvana, mas em versão tupiniquim, porém bem interessante.
“Pandora” nos leva a um ponte 90/2000 aonde o rock entrava numa fase de mudanças sutis que com o tempo foram bem visível. Um canção “rock” ao estilo balada, com riff melódicos mas com um ritmo da nova década e um refrão “chiclete”. A música poderia ter ficado mais interessante se ficasse somente na linha “melodrama” sem a entrada “furiosa” nos minutos finais.
“Sangue Sujo” é aquele tipo de canção que passa rápido e você não percebe, mas aparece sem novidades. Diferente de “Coma” levando novamente ao grunge anos 90 e até umas linha post punk na canção.
“Armas, Rosas e Fogo” mais uma vez incorpora o mundo “Nirvana” de fazer canção, sem efeitos, com guitarras pausadas, certas desafinações ao estilo rock n rol sujo!
“Rótulo” começa com uma introdução somente na guitarra que deixa a canção com uma onda mais “pop rock” que logo muda e volta ao hard rock / post punk nos refrões. Parece ser a faixa melhor que se encaixou nos altos e baixos que a música tem e até o timbre do vocal Agno (hora suave, hora rasgado) acabou dando certo.
“Medeleine” é mais uma das faixas sem novidades, linha mais grunge, timbres rasgados, riffs de guitarras e nada mais.
E o disco encerra com “Biocida” que coloca a tampa da aventura anos 90 que o disco trouxe, apesar da intro desta faixa lembrar um pouco a outra canção do mesmo disco “Rótulo”.
Apesar de ser o primeiro trabalho, eles tem bastante potencial para manter esta essência grunge e explorar o que o “novo rock” dos anos 2000/10 tem a lhe oferecer. Estamos em um momento que o “Revival” está se tornando nossa válvula de escape, e pode ser positivo quanto negativo. Vamos aguardar o próximo disco da banda para ver o que nos espera. 8 canecos para vocês!
Formação:
Agno Dissan – Guitarra/Vocal
Amaury Dias – BateriaAdriano Lima – Baixo
Mad Sneaks – Incógnita (2013 – Independente)
Tracklist
01- Canção sem Fim
02- A Cura
03- Pandora
04- Sangue Sujo
05- Coma
06- Armas, Rosas e Fogo
07- Rótulo
08- Medeleine
10- Biocida
NOTA: 
08/10