Formada em 2017 em Americana/SP pelo multi-instrumentista William Gonçalves (ex-guitarrista da formação original da banda Desdominus).
A proposta é um death/doom com letras introspectivas, que ja vinham ganhando ares desde o seu primeiro disco, Katharsis de 2019.
Neste temos 8 faixas inéditas capitaneadas e produzidas por William.
Assim como no trabalho anterior, este também tem participações especiais, a saber: Temos os vocais rasgados de Tiago Tzepesch, além de Guilherme Malosso e Douglas Martins que aparecem mais uma vez. Parece que a galera se identificou bastante com o trabalho de William.
Às vezes se canta em dupla misturando os vocais limpos de William com a voz mais rasgada, mais gutural de Douglas como se observa nas faixas “Lost in Time” e “Silent Rhymes of Sorrow“.
Todo o disco é cantado em inglês, com exceção da faixa “O Último Anseio“, que vem logo após uma “Intro” de pouco mais de 1 minuto.
O som deste disco é bem peculiar, bem direcionado pois tem músicas com melodias bem complexas e o destaque vai para o clima fúnebre, triste, melancólico e sombrio que tem a ver tanto com o nome da banda bem como com o título do disco, uma viagem nas entranhas da mente do próprio fundador William Gonçalves, e com certeza este fato coloca este disco em um outro patamar, em um outro estado de espírito. Ressalto que mesmo comentando sobre, tristeza, melancolia e etc este é um disco que tem a sua carga de virilidade, de punch, de pegada.
A banda apareceu com destaque no ja conhecido e renomado Roadie Crew Online Festival, em sua 26ª Edição.
Para este trabalho que foi lançado oficialmente em 13 de maio de 2022, temos dois vídeos oficiais, são eles:
“Lost in Time” e “Coming Home“.
Destaque para as faixas Intro, O Último Anseio, My Piece of Shade (melhor faixa do disco na minha humilde opinião!), a diferencial e instrumental Coming Home e Silent Rhymes of Sorrow, que fecha o disco com grande estilo.
Arte
Arte da capa feita por Pro_tayyabah e William Gonçalves, aliás, gostei muito dessa capa e os efeitos que conseguimos hoje em dia são incríveis. O tom dela também combinou com o clima de introspecção.
No encarte temos todas as letras e informações da gravação, bem como Facebook da banda.
Vale lembrar que o selo é o Heavy Metal Rock, importante veículo que apoia, investe e acredita na cena.
Também há uma informação adicional: “In memory of my friend Rafael de Faria 1982-2021“.
No Geral
Todos os instrumentos foram gravados por William Gonçalves e uma boa parte deles bem no meio da pandemia de Covid-19, de 2019 até 2021.
Sabemos que este disco é sobre as entranhas da mente de William, e por ele tocar todos os instrumentos, masterizar, mixar e produzir todo esse material, talvez devesse deixar alguma coisa pra um produtor, ou coprodutor ajudá-lo, pois em alguns momentos temos a impressão de que falta algo, não é nada que deixe de abrilhantar o trabalho como um todo, é como se fosse algo simples mas que fosse necessário no trabalho, algo que deixe o mesmo um pouco mais redondo.
Normalmente a transição entre as faixas estão digamos que normais, porém entre as faixas 3 e 4 tem uma parada brusca, corte seco ao invés de ter um Fade In/Fade Out discreto, não sei se foi proposital ou algo que o valha.
Ressaltamos que temos ótimos riffs de guitarras e baixo na medida certa. Os sintetizadores dão um toque a mais nas músicas, sempre as preenchendo de forma coesa, necessária e verdadeira.
Vamos ficar antenados nesse nome do underground paulista que tem muito para nos oferecer.
Vão levar 7 brejas muito bem geladas!
“Divulguem, vamos valorizar o metal nacional!”
Músicas
01 – Intro
02 – O Último Anseio
03 – My Piece of Shade
04 – Lost in Time
05 – Coming Home (instrumental)
06 – Hazy Days
07 – Inner Blast
08 – Silent Rhymes of Sorrow
Formação
Wiliam Gonçalves – (Todos os instrumentos – fundador)
Tiago Tzepesch (vocal)
Guilherme Malosso – (vocal)
Douglas Martins – (vocal)
07/10