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Banda de Campinas/SP formada em 1995, com aproximadamente 22 anos de existência, o Hellish War conta com poucos discos porém uma vasta experiência de vida em sua bagagem (abriu para bandas como U.D.O., Saxon, Tim “Ripper” Owens, Grave Digger no Brasil, tournê na Europa e etc).

Seus trabalhos são: The Sign/Demo Tape – 1996, Defender of Metal – 2001(*), Heroes of Tomorrow – 2008, Live in Germany – 2010 e Keep it Hellish – 2013.

É com um clima e sensação de estar ouvindo um disco de metal “old school” que realizamos este review. Vamos à ele:

O disco já começa com Keep It Hellish, faixa rápida lembrando em alguns momentos o grande Helloween, com seu metal melódico. Não é uma comparação mas sim reforçando o nível musical que seus integrantes alcançaram ao longo do tempo.

A segunda faixa, The Challenge, ja começa com riffs fortes acompanhando da batida compassada da batera de Daniel Person. Sincronia perfeita e pesos igualmente alinhados, na medida certa.

Na próxima, Reflects On the Blade, novamente a batera duelando com os riffs de guitarras logo no comecinho da faixa, depois os vocais rasgados de Bif Martins completam a cozinha.

É impressionante como estas músicas são arranjadas com ideias simples e que funcionam muito bem. São agradáveis de se ouvir e Fire And Killing não é diferente.

Assim como na primeira faixa, Masters Of Wreckage segue rapidamente lembrando em alguns momentos o Metallica no grandioso disco Ride The Lighting, mas com um detalhe: com uma pitada contemporânea.

Impressionantemente existe esta faixa, Battle At Sea. Uma bela faixa instrumental. Digo “impressionantemente” porque nela todos os instrumentistas podem mostrar um pouco mais de seus talentos e habilidades individuais, sem necessariamente serem exímios virtuosos. Temos aqui uma bela faixa com instrumentistas de ponta.

Sons praieiros e sombrios dão início à faixa Phantom Ship. Uma espécie de “Soldiers of Sunrise” também contemporânea.

O que dizer de mais boas músicas? Que são bem compostas? Que soam bem aos nossos ouvidos? Que é tudo isso e muito mais… e lá vão mais duas faixas Scars (Underneath Your Skin) e Darkness Ride.

Fecham com chave de ouro na décima e última faixa deste disco, a escolhida é The Quest. Nela eles mostram que também sabem compor boas músicas porém não tão rápidas. Esta, por exemplo, lembra em alguns momentos a genial Batle Himms do Manowar.

Arte

Os caras se preocuparam nos mínimos detalhes, e a capa não poderia ficar de fora. Nela vemos, novamente e propositalmente, o Guillis, o guerreiro que aparece no primeiro trabalho da banda, pintada pelo Eduardo “Zé Helloween” Burato, artista que está trabalhando com a banda desde o início.

O logo está mais trabalhado, também temos as letras das músicas, fotos dos integrantes, informações sobre as gravações, estúdio, mixagem e etc.

No Geral

Disco claro e objetivo, sem aquelas “firulas” nas músicas, está tudo na medida certa, sem aquele lance de virtuosismo
exagerado comumente encontrado nas bandas atualmente. Normalmente as bandas preferem expor todo o seu virtuosismo descarregando solos intermináveis, vozes absurdas e muitas vezes desnecessárias e o Hellish War resolve tudo isso de uma forma muito simples: basicamente utilizam um heavy metal tradicional e bem honesto e simples… e ponto!

Judas Priest, Manowar, Saxon, Helloween, Metallica, Iron Maiden e Viper: é como se ouvíssemos todas estas bandas tocando suas músicas da década de 80/90, porém com um ar contemporâneo.

Me desculpem citar muitas vezes todas estas bandas, mas é que me deu uma alegria imensa ouvir este disco que me remeteu, em vários momentos, às bandas que ainda fazem parte do metal mundial.

Ouvir este disco me serviu de inspiração para possíveis composições e fiquei muito feliz por esta possibilidade.
Também ousaram em fazer uma música instrumental e de boa qualidade (Battle At Sea)

O bom gosto e a simplicidade são algumas das palavras que perseveram ao longo deste disto e serve para descrever este um pouco mais, a sonoridade dele, na verdade o disco como um todo.

Vou finalizar com uma frase do baterista Daniel Person publicada em um release da banda e que eu acredito muito: “Keep It Hellish é um disco que celebra a história da banda e poderia ser considerado como a própria personificação do HELLISH WAR“.

Vão receber 9 cervejas estupidamente geladas por este espetacular disco.

Formação
Bif Martins – Vocal
Vulcano – Guitarra
Daniel Job – Guitarra
JR – Baixo
Daniel Person – Bateria

Tracklist
01 – Keep It Hellish
02 – The Challenge
03 – Reflects On the Blade
04 – Fire And Killing
05 – Masters Of Wreckage
06 – Battle At Sea
07 – Phantom Ship
08 – Scars (Underneath Your Skin)
09 – Darkness Ride
10 – The Quest

NOTA: 09/10

(*)HELLISH WAR – DEFENDER OF METAL – 2001 (relançamento comemorativo em 2017)

Através de um relançamento exclusivo para à imprensa, o clássico disco de estreia, Defender Of Metal de 2001, do Hellish War está comemorando 15 anos de seu lançamento original.

Para quem ainda não conhece, possuem vários hinos da banda, sendo um excelente disco misturando não só o heavy metal na sua forma mais pura, bem como também suas diversas vertentes como Melódico, Thrash, Hard e etc.

Temos a primeira faixa, Into The Battle – na verdade uma intro de pouco mais de 3 minutos, Hellish War – excelente faixa, soa como um thrash metal de bandas como Kreator, Exodus e Metallica da fase Kill´em All, porém também tem mistura de melódico e refrão forte, We Are Living For The Metal, Defender of Metal – que é a faixa título e possuem um excelente refrão, The Sign – a título da Demo Tape, Gladiator – com seu inconfundível contrabaixo, as instrumentais Felling Of WarriorsInto The Valhalla – faixa muito bem trabalhada, com o peso das guitarras de Mr.Vulcano e a batera compassada de Jayr Costa, Sacred Sword – além do refrão, da “cavalgada” das guitarras, gosto muito do som do baixo desta faixa, a música é bem longa, com pouco mais de 10 minutos e nela os músicos se revezam em mostrar suas habilidades sem tornar a música monótona, Memories Of A Metal – outra longa faixa, com quase 10 minutos de diversos andamentos e experimentos e o disco fecha com The Law Of The Blade.

Arte

Tudo muito simples na reprodução deste relançamento. O disco não possui encarte, porém na parte da contra-capa tem-se informações sobre o período de gravação do mesmo, sobre letras, músicas, track list, formação etc.

Este relançamento especial é dedicado a memória do grande baterista Jayr Costa. Bacana os caras lembrarem e registrar a importância que este integrante teve na história do Hellish War. Esta informação também consta na contra-capa.

No Geral

Refrões fortes, mesmo passado muito tempo desde o seu lançamento, percebemos as linhas de guitarras do fundador Vulcano soando como Hellish War.

Os gringos tem razão em elogiar esta obra prima do metal nacional e realmente foi um disco que projetou a banda à um patamar internacional.

O que eu gosto neste disco é a sonoridade crua que ele possui, isto dá um valor absurdo à obra. Hoje vemos bandas
utilizando recursos desnecessários em estúdio e quando chega ao vivo não é nada daquilo que foi gravado, ou melhor, não conseguem reproduzir ao vivo.

Vou registrar 8 cervejas para este belo disco de metal nacional dos anos 2000.

Formação
Roger Hammer – Vocal
Vulcano – Guitarra, Backing
Daniel Job – Guitarra, Teclado
Gabriel Gostautas – Baixo
Jayr Costa – Bateria

Tracklist
01 – Into The Battle
02 – Hellish War
03 – We Are Living For The Metal
04 – Defender of Metal
05 – The Sign
06 – Gladiator
07 – Into The Valhalla
08 – Sacred Sword
09 – Memories Of A Metal
10 – Felling Of Warriors
11 – The Law Of The Blade

NOTA: 08/10

 

Agradecimentos: Susi dos Santos e Eliton Tomasi (Som do Darma)

By Alex Silva

Headbanger desde que se conhece por gente, Design Gráfico de formação, fissurado por discos de vinil de bandas de hard/rock/metal/punk nacional dos anos 80/90´s, no entanto um apreciador de uma boa música, independente de estilos.

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