Pouco mais de 40 minutos de puro metal tradicional oitentista e ao mesmo tempo contemporâneo (embora alguns dizem ser thrash).
Bom, o “rótulo” não importa muito, o que importa é que é uma excelente banda lá de São Luís/Maranhão que faz um trabalho muito sério e extremamente competente desde 2002. De lá pra cá teve algumas mudanças na formação (duas vezes na batera e uma no baixo) mas a pegada da galera continua visceral.
Este disco saiu o ano passado (2015) e é o seu debut. Vamos dar uma conferida neste trabalho.
O disco começa com uma Intro (“A Prelude to Aggression”), é o som de um piano e na sequência uma cara toma umas porradas… porrada mesmo é o que está por vir: “Blow on the Eye”. Riffs fortes, vocais rasgados e a cozinha toda funcionando muito bem. Faz jus ao título. A música dá uma acalmada mas é pra tomar fôlego para as próximas.
As duas próximas, “Black Karma” e “Primal Sigh” são as minhas preferidas. Inclusive a “Black Karma” até virou video clipe da galera.
Vale à pena conferir. Nestas duas faixas, que representa muito bem a banda, temos tudo o que uma banda de metal tradicional pode representar: riffs pesados, vocais e refrões marcantes, baixo e batera na medida certa (principalmente o bumbo duplo). Nada de extravagante.
A quinta faixa, “Psycho Excuse” tem pouco mais de 1 minuto e meio e tem violões, voz e finaliza com uma guitarra. Pra mim, esta é a mais “estranha” do disco, é a que menos gosto! Talvez eu não tenha entendido o sentido dela.
Voltemos ao metal tradicional com “You Can´t Deny Hate” e depois com “Hell is Coming With Me”. Esta segunda as marteladas da batera são bem marcantes. Lá pelos 4 minutos de som parece que acaba mas, novamente, é pra tomar fôlego, pois ela continua com todo o peso com que começou.
Novamente os riffs de guitarras seguem na linha tradicional porém com um peso adicional, um pouco mais agressivos e direto nas 2 últimas faixas, “I, the Scoundrel” e “Pain Masterpiece”. Gosto destes sons.
Arte Gráfica
Achei bem simples e bem direta, um encarte que se abre em 4 partes, de um lado as letras com um logotipo bem sugestivo e do outro lado uma foto da banda e agradecimentos/capa.
Bom, temos uma média de 6 minutos para as faixas e comentei bastante aqui sobre “Metal Tradicional” simplesmente porque ao ouvir o disco me fez voltar no tempo e lembrar de bandas dos anos 80/90 como Anthrax e King Diamond e alguma coisa do excelente vocalista nacional Mário Pastore (Pastore).
Bom galera, como comentei no início, não vamos nos apegar à rótulos, o som é muito bom e estou curioso para vê-los ao vivo e à cores. Promessa para figurar entre as melhores do ano! Parabéns galera, vão levar 8 canecas do RockBreja, bem cheias!
Formação:
Pablo Barros – Vocal
Rhodes Johnson –Guitarra
Fabio Matta – Baixo
Rayan Oliveira – Bateria
Tracklist:
01. A Prelude to Agression
02. Blow on the Eye
03. Black Karma
04. Primal Sigh
05. Psycho Excuse
06. You Can t Deny Hate
07. Hell Is Coming with Me
08. I, the Scoundrel
09. Pain Masterpiece
Agradecimentos: Rômel Santos (Island Press)