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Sob o sol de quase 40 graus, o Rock in Rio 2015 abriu seus portões às duas da tarde desta sexta-feira. Ainda nas roletas, duas bandas de músicos com máscaras de animais recepcionaram o público com rock’n’roll no melhor estilo. Ao colocar os pés na Cidade do Rock, ao som da música oficial e fogos de artifício, os fãs receberam as boas-vindas de Roberto Medina, presidente do Rock in Rio, Roberta Medina, vice-presidente do festival, e da equipe do festival.

Entusiasmado, Medina contou sobre o sentimento de dever cumprido. “A abertura dos portões é um dos momentos mais emocionantes. A Cidade do Rock hoje está mais madura. Todos nós trabalhamos duro para que essas pessoas tenham um momento inesquecível, que possam contar para seus filhos. Em 1985, quando eu vi a multidão em direção ao festival, quando os portões se abriram, eu me emocionei muito, vi que eles tinham apostado no meu projeto e acreditam até hoje,” disse.

Os primeiros a entrar pelos portões nesta edição de 30 anos correram em duas direções: para a frente do palco mundo, onde garantiram seus lugares na turma do gargarejo a oito metros apenas das atrações, e para os brinquedos. Rodrigo Coletto, de 26 anos, foi o primeiro a pisar no gramado do maior festival de música e entretenimento do mundo. Publicitário, como o grande idealizador Medina, o santista se sentiu vencedor de uma maratona. “Eu nem acredito que fui o primeiro. Estou muito ansioso para ver o Queen + Adam Lambert. Nunca vou esquecer essa experiência. Não arredo o pé daqui de jeito nenhum,” afirmou, ainda ofegante.

As gêmeas Alice e Vitória Gandra, de 19 anos, vieram de Belém do Pará para conhecer o Rock in Rio. César Alves, 21, namorado de Vitória, chorou ao colocar os pés na grama. “A minha paixão pela música do Queen vem desde o berço, meu tio também é fã da banda e do festival”, disse com um sorriso largo. Os três jovens estavam planejando a viagem desde novembro de 2015.

A novata Sophia Santos, de nove anos, vai estrear em grande estilo assistindo à banda Queen + Adam Lambert, acompanhada dos pais, Fernando e Josélia, e da irmã, Bruna, de 14 anos. Eles vieram de BRT curtir o festival. “Aqui é muito grande, quero andar de roda gigante,” falou encantada.

A edição é motivo de comemoração dupla para o casal Paulo Roberto e Regina Vasconcelos. Os dois vieram comemorar três décadas de casamento da edição de 30 anos do Rock in Rio, com duas filhas. Em 1985, os mineiros quase vieram, mas o pai de Regina não deixou. Paulo a esperava na rodoviária. “Ganhamos os ingressos na época, os amigos dele iam, mas meu pai, um alfaiate brabo, me proibiu”, contou Regina, que correu para avisar ao namorado antes do ônibus partir em direção ao festival. “Quando ela me perguntou se eu ia sem ela, eu disse que não. Estamos juntos desde então e viemos realizar esse sonho juntos”, disse emocionado.

O público que veio visitar o Rock in Rio neste ano contou com um aliado na fila dos brinquedos: um sistema inteligente de agendamentos da empresa Bloom, que permitiu que as pessoas não precisassem enfrentar filas. “Perfeito, ágil”, foram as palavras de Petrônio Gomes, 23 anos, para o aplicativo. Através dele, o paraibano agendou seu horário e conseguiu brincar na tirolesa. Em 2013, ele desistiu por causa das filas. “Foi bem tranquilo esse ano, eficiente,” elogiou. Os amigos Pedro Gomes, 23, e Lisa de Melo, 23, também gostaram da novidade. Ela já tinha baixado o aplicativo em casa e aprovou o resultado. “Na última edição, eu nem tentei entrar nas filas, com esse aplicativo, ficou mais rápido e prático para quem curte os brinquedos no festival. Agora quero testar todos os brinquedos,” prometeu.

O Palco Sunset – lugar de encontros musicais inusitados – começou em grande estilo com a banda Dônica e o artista Arthur Verocai, às 15h15. O filho de Caetano Veloso, o músico Tom Veloso, se apresentou pela primeira vez nos palcos do festival. Logo depois, a Banda Ira!, Tony Tornado e o rapper Rappin Hood levantaram o público com os clássicos como Envelheço na Cidade e Dias de Luta. Lenine e o Projeto Carbono, com 50 artistas, encantaram com canções conhecidas dos fãs.

Sobre o Rock in Rio

Com 30 anos de história, o Rock in Rio é o maior evento de música e entretenimento do mundo por uma série de razões. Das quinze edições anteriores, cinco ocorreram no Brasil (1985, 1991, 2001, 2011 e 2013), seis em Portugal (2004, 2006, 2008, 2010, 2012 e 2014), três na Espanha (2008, 2010 e 2012) e uma nos Estados Unidos (2015). Em setembro, a sexta edição no Brasil acontecerá na Cidade do Rock.

Combinando todas as edições já realizadas, mais de 7,7 milhões de pessoas já participaram do evento. Outro número que não para de crescer é o das redes sociais, nas quais o Rock in Rio está quebrando recordes com mais de 11 milhões de seguidores. Em termos de atrações, somando-se as edições brasileiras, portuguesas, espanholas e americana, mais de 1.359 atrações musicais se apresentaram nos palcos do Rock in Rio, com um total de 1.200 horas de música, com transmissão para mais de 1 bilhão de telespectadores em todo o mundo, pela TV e Internet.

Ao longo dos anos, mais de US$ 530 milhões foram investidos na marca. Além disso, mais de US$ 23,2 milhões foram investidos em projetos sociais e ambientais. Mais do que os índices de audiência e de investimentos significativos, o Rock in Rio tem ajudado na economia dos lugares visitados: mais de 148 mil postos de trabalho foram gerados ao longo dos últimos 29 anos. Na Espanha, o festival é top of mind, superando a concorrência da Fórmula 1. Na edição de 2013, 46% da plateia do Rock in Rio era de fora do estado do Rio de Janeiro. O impacto econômico da edição de 2013 na cidade, publicado pela Riotur, foi de R$ 1 bilhão, e as taxas de ocupação de hotéis eram de cerca de 90% no período.

 

Fonte: Approach Comunicação Integrada

By Henrique Carnevalli

Viciado em música, Pirado na fase psicodélica do Ronnie Von e Corinthiano. Lupúlomaníaco e Beer Sommelier formado no ICB.

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