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Foto: Divulgação

Celebrando os 15 anos de lançamento do debut “The Magister Album” (2000), do MAGISTER, André Evaristo (voz e guitarra) e Pedro Alzaga (bateria) fizeram um breve relato sobre as gravações do disco, relançado em 2016 pela Dunna Records.

“Buscávamos um som pesado e agressivo, mas que transparecesse com clareza a execução dos instrumentos. Para isso trabalhamos basicamente em dois estúdios para a gravação e num terceiro para a mixagem. Vários trechos foram gravados também em nossas casas, na rua, ou então adaptados de materiais já existentes”. (André Evaristo)

“Lembro que acordei com 39° de febre no dia da gravação e pensei: Deus isso não vai dar certo! Mas mesmo assim fui até o estúdio e tudo fluiu. Outra coisa que me lembro, é que já estava exausto, tinha jogado a toalha… Mas ainda falta gravar a “Rain (Falling Tears)”. Disse para o Evaristo que a febre estava pior e que enxergava tudo amarelo. Foi ai que ele me chamou de canto e disse: Pedrao, essa música eu fiz em homenagem a minha mãe (que havia falecido há pouco tempo). Na hora, como se um espírito baixasse em mim, peguei o par de baquetas, voltei p sala e toquei o melhor que pude. Apesar das adversidades, até técnicas (o pedal duplo da bateria estava completamente desregulado). E acreditem, de todas as músicas, pra mim, a que mais gostei foi a “Rain…”. É interessante perceber como a música é realmente uma expressão da alma. Esse fato de longe comprova isso”. (Pedro Alzaga)

Confira também uma descrição sobre o conceito das músicas do álbum por André:

_ A faixa de abertura, “Thy Birth”, simboliza o nascimento, que é um dos maiores e decisivos passos para todos os seres;
_ “Rising of the Crown”, musicalmente, veloz e agressiva com riffs ‘old school’, representa a concretização da vida;
_ Também veloz, porém com muitas variações, “Rain (Falling Tears) tenta descrever, pela sua letra, o sofrimento causado pela nossa resistência às mudanças;
_ De cunho político, a letra de “Cemetery of Dreams” é um protesto contra o conformismo diante da situação em que se encontra nosso mundo. Musicalmente, é a faixa mais melódica do álbum;
_ “Edge of Clouds” tenta levar o ouvinte a fazer uma reflexão sobre o que é realidade. É a balada progressiva e ‘viajante’ do disco;
_ “Genghis Khan” é totalmente ‘old school’, esta música do Running Wild dispensa maiores comentários por ser um dos grandes clássicos do metal. Nossa escolha foi puramente passional;
_ “The Neverland Waltz” é um tema instrumental de muita dramaticidade, mesmo sendo musicalmente simples. Seria uma espécie de preparação à segunda parte do álbum;
_ Retomando nossas influências oitentistas, “The Truth About the Lies” revela-se com riffs e melodias em profusão. Também possui grande variação rítmica;
_ Outro protesto coloca-se diante do ouvinte com “Massacre – Part 1 Command Of Death”. Esta música é altamente experimental e tenta resgatar o espírito empírico de pesquisa sonora de grupos antigos como The Beatles e Pink Floyd, aliados à acidez temática do King Crimson. Comando de Morte ao preconceito e aos ouvidos viciados!;
_ “In Straight Line” traz a agressividade de volta. Riffs ‘old school’ e um ritmo sempre intenso conduzem a letra, que fala sobre revolta e inconformismo;
_ Fechando o álbum, temos outro tema instrumental: “From Beyond the Grave”. Esta simboliza a morte não apenas como contraponto à vida, mas também como agente transformador da natureza.

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Fonte: Dunna Records

By Henrique Carnevalli

Viciado em música, Pirado na fase psicodélica do Ronnie Von e Corinthiano. Lupúlomaníaco e Beer Sommelier formado no ICB.

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