Nesta terça-feira, 27 de Janeiro, completam-se 70 anos desde a libertação do complexo de campos de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau por tropas soviéticas em 1945. A data é designada pela Assembléia Geral das Nações Unidas como o Dia Internacional da Lembrança do Holocausto.
Construído em 1940 nos arredores da cidade de Oswiecim, na Polônia, o campo de concentração de Auschwitz foi uma das maiores concentrações de extermínio da 2ª Guerra Mundial: chegou a ocupar uma área de 40 km² e era composto por 40 campos de extermínio.
Segundo a fundação Auschwitz Birkenau State Museum que administra as ruínas dos prédios atualmente, antes da invasão dos soviéticos, oficiais nazistas tentaram destruir as evidências que mostravam os horrores do local. Em apenas cinco anos, estima-se que 1,3 milhão de pessoas de diferentes etnias foram mortas lá, sendo 90% deles judeus. Aqueles que não eram executados nas câmaras de gás morriam de fome, doenças infecciosas, trabalhos forçados, execuções individuais ou experiências médicas.
Durante sua primeira turnê européia em 2010, os músicos da banda brasileira de thrashcore Uganga tiveram a oportunidade de visitar o que sobrou dos campos de concentração em Auschwitz (vídeo da visita: http://youtu.be/qMEkf68iP1M). Hoje chamado de Auschwitz Birkenau State Museum, o complexo mantém viva a memória dos horrores da 2ª Guerra através de fotos, registros, cápsulas das bombas de gás, pertences de prisioneiros mortos e até cabelos das pessoas que eram cortados para servirem de matéria prima para confecção de cordas pelos nazistas.
“Em 2010 o Uganga fez sua primeira tour européia e quando eu soube que tocaríamos na Polônia imediatamente pensei em visitar Auschwitz pois sou muito interessado na história da segunda guerra mundial”, conta o vocalista do Uganga, Manu Joker. “A sensação de estar num local onde, no auge das execuções, 20 mil pessoas eram assassinadas por dia, é algo inesquecível pra mim e com certeza pros caras da banda. Como entender a real motivação daquilo tudo? O holocausto é um episódio vergonhoso que nunca deve ser esquecido e Auschwitz foi o capítulo mais negro com certeza”.
Em 2010 o Uganga promovia na Europa seu terceiro álbum de estúdio, “Vol. 3: Caos Carma Conceito”. A turnê somou 18 shows por sete países diferentes: Alemanha, Bélgica, Suíça, República Tcheca, Portugal, Espanha e Polônia. Por mais que os shows tenham sido inesquecíveis para os músicos, a visita aos campos de concentração em Auschwitz, durante um dia de folga, foi o momento mais significativo da viagem.
Tanto foi que em seu novo disco de estúdio, intitulado “Opressor”, a banda resolveu narrar os fatos da experiência dessa visita.
“A motivação em escrever a letra de “O Campo” veio tanto da minha visão histórica quanto da nossa percepção enquanto visitantes naquele lugar”, acrescentou Manu Joker.
A música “O Campo” do Uganga está disponível para audição no canal oficial da banda no Soundcloud:
Trecho da letra diz: “Algo pra nunca se esquecer… Na mente preservar…”.
Mais informações:
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Fonte: Som do Darma