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Consagrado festival de música independente de Petrópolis (RJ) alcança sua 13ª edição / Foto: Fabrício Dupin

Começa nesta quinta-feira (01/12) o Solstício do Som 13 – Verão 2016! O evento, que acontece entre os dias 01 e 21, dessa vez está organizado em blocos, sendo os três primeiros realizados na Cervejaria Bohemia e o último – dias 19, 20 e 21 – na Praça da Liberdade, um espaço público para manter as raízes do Festival. Na Bohemia o som rola solto do dia 01 ao dia 04 (quinta a domingo), do dia 08 ao dia 11 (quinta a domingo) e do dia 14 ao dia 18 (quarta a domingo). A programação inclui mais de 90 bandas, além de performances de dança, mostra de filmes e aulas públicas. Todos os artistas, bandas ou grupos, inscritos possuem ao menos 50% do show de produção autoral. Os primeiros quatro dias chegam com um pouco de metal, rock alternativo e psicodélico, uma pitadinha de hardcore, música brasileira e até blues. A abertura, no dia 1º, fica por conta da Surrendo e da Elysion, estreantes na cena independente petropolitana, de rock/indie e metal sinfônico respectivamente, a partir das 18h.

A noite de quinta segue com a participação especial da paulista Fix Over e seu rock alternativo, indicação de Gus Monsanto. A banda foi criada em 2014 e em pouco tempo já começou a compor as próprias músicas e participar de festivais por todo o país. Em 2015 foi selecionada para a disputa por uma vaga no Lollapalooza. Em Petrópolis pela primeira vez, a Fix Over trabalha na divulgação do primeiro EP, “Desire”. Subindo pela segunda vez ao palco do Solstício do Som, a WarFX fecha o line-up do dia. Quem esteve no Solstício de Verão 2015 lembra da performance lendária da banda, que lotou o evento em plena segunda-feira. “A expectativa é que seja ainda mais insano! Estamos apostando que por ser a abertura do festival, a galera estará com sangue nos olhos!”, comenta o vocalista da banda, Pedro Fontes.

O post-hardcore da Sob o Dia Cinza abre a sexta-feira às 18h. Na sequência a Beef, projeto solo de Alexandre Marchi, traz uma mistura de música folk americana com uma pegada de rock, passando por referências como blues e country. Às 20h, a Selene traz bastante energia com seu rock cantado em português, com influências de Underroath, Killswitch engage, Papa Roach e Chevelle. A Montablan toca às 21h. Com influências do alternativo, apresentam um show totalmente autoral e trabalham na produção do primeiro álbum. Presente em diversas edições do Solstício, a carioca de post hardcore Último Sopro fecha a sexta-feira.

O sábado de festival começa às 15h com show da Imperial Virus, segundo os integrantes “um experimento viral de rock independente” que se espalhou por Petrópolis. Às 16h, os Druidas trazem um repertório que inclui canções autorais e algumas releituras. O som é carregado de riffs, texturas e improvisos com a alma dos anos 70. Na sequência, às 17h, tem o rock alternativo da Montanee e, às 18h, a Winter Waves marca presença mais uma vez no festival com sua psicodelia sessentista. Em setembro desse ano a banda lançou seu disco de estreia, “Bee and Bee”. Direto de Búzios, a MOS se apresenta às 19h com uma abordagem diferente para influências que mesclam música instrumental, rock, dub, progressivo, post-rock, jazz, indie, música latina e rock psicodélico, em uma verdadeira salada rítmica. Às 20h, a Fleeting Circus, que está em fase de pré-produção do novo álbum, retorna à cidade com um repertório cheio de novidades. Formada em 2011, a banda rapidamente ganhou espaço na mídia tendo inclusive algumas canções incluídas em novelas da Rede Globo. A anfitriã da noite é a Avec Silenzi, que sobe ao palco às 21h após o recém lançamento de seu terceiro álbum, “Avec III”. O som mescla diversas vertentes do post-rock, trip-hop e o lounge. Durante o show constumam rolar projeções de imagens e vídeos.

Para fechar o 1º bloco de Solstício do Som, o domingo (04) chega com a poesia, o romance, a filosofia e a visceralidade da Elisabeth Simpson a partir das 15h. Já com 14 anos de estrada, a Sob Efeito entra na sequência, às 16h. A proposta está na elaboração de um trabalho autoral de qualidade e de fácil acesso ao público. A Filtra, com seu “rock artesanal malemolente” se apresenta logo em seguida, às 17h, em uma performance onde sonoridade experimental se mistura à psicodelia. Figurinha carimbada no Solstício do Som, o cantor e compositor carioca Jomar Schrank vem agitar a galera a partir das 18h acompanhado de sua banda Serra Elétrica. Às 19h é a vez do blues da Hometown Blues. As músicas autorais têm influência também do rock, do fusion e mais. O show das 20h fica por conta da galera de Rio Bonito no Mote Combinado, banda com influências que vão do rock ao samba, do jazz a música nordestina. A Canto Cego encerra a noite às 21h. O grupo se define como a poesia do rock e o desafio de estar lúcido e vivo quando se experimenta a emoção de comunicar.

O solstício é um fenômeno astronômico quando, em dada época do ano, o Sol incide com maior intensidade em um dos dois hemisférios. Acontece duas vezes ao ano: em junho, que no Brasil marca a chegada do inverno, e em dezembro, registrando o verão no hemisfério sul. Temos então em junho, durante o solstício, a noite mais longa do ano, e em dezembro, o dia mais longo. Os solstícios são datas de extrema importância para algumas culturas, como a chinesa, por exemplo, que celebra o Dong Zhi, marcando o fim da colheita e mais um ano que se passa.

Desde 2010 os solstícios são também momentos muito marcantes na história e na cultura de Petrópolis. Do velho ao novo mundo, inspirado na parisiense Fête de la Musique, que busca estimular artistas, amadores e profissionais, a se apresentar nas ruas durante o Solstício de Verão no Hemisfério Norte, surgiu a ideia de organizar espaço semelhante para os talentos petropolitanos e outros, que nutram qualquer relação com a Cidade Imperial. Assim nasceu, em dezembro de 2010, o Solstício do Som. O evento é realizado duas vezes ao ano, nos períodos do Solstício de Verão e de Inverno. Começando de forma modesta, com uma ideia mais itinerante, as duas primeiras edições, centradas na Praça da Inconfidência, em frente à Igreja do Rosário, reuniram algumas figuras recorrentes da cena cultural da cidade, mas já levaram muita gente para a rua. Foi então a partir da terceira edição que começou a ganhar proporções de festival, resultado da grande procura de artistas interessados em participar. Em 2015, as edições de 2014 do Solstício do Som – inverno e verão – foram vencedoras do prêmio Maestro Guerra Peixe de Cultura na categoria Produção Cultural.

Por trás dessa atividade que enriquece o panorama cultural da cidade de Petrópolis, o esforço vem da colaboração, muitas vezes voluntária, de artistas, técnicos de som e luz e do público simpatizante. Na 11ª edição, o Festival contou com um apoio especial da Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis que abraçou o evento como iniciativa fundamental para o movimento da cena artística local. Já na 12ª edição aconteceu com muita força de vontade diante das dificuldades enfrentadas para o uso do espaço público. “Na última edição, o Solstício do Som sofreu muitos ataques e algumas tentativas de bloqueio e limitações, que acarretaram no cancelamento dos primeiros dias e um início sofrido. Depois, ele aconteceu com muita raça e resistência. Nosso plano original era levá-lo dessa vez ao Palácio Rio Negro, mas com a mudança da diretoria do Iphan, que desaconselhou a ocupação, e do governo municipal, com a consequente perda de força no apoio do poder público, nos vimos de mão atadas. A parceria com a Bohemia veio em boa hora”, conta o idealizador e organizador do festival, João Felipe Verleun.

Ocupando a Cervejaria Bohemia, uma preciosidade de nossa cidade, fundada ainda em meados do século XIX, onde foi produzida a primeira cerveja pilsen do Brasil, o Solstício do Som dá um novo passo em sua 13ª edição e conta com o apoio de todos os amantes da música, da arte e da cultura para que seja mais um Festival inesquecível!

 

 

 

Fonte: Assessoria de Imprensa

By Henrique Carnevalli

Viciado em música, Pirado na fase psicodélica do Ronnie Von e Corinthiano. Lupúlomaníaco e Beer Sommelier formado no ICB.

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