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Aos 88 anos, Tony Campello participa de projeto de memória do rock / Foto: Divulgação


No próximo dia 25 de janeiro, como parte das comemorações pelo aniversário de 471 anos da cidade de São Paulo, será lançada a série documental “Algoritmos do Rock”, iniciativa da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, viabilizada por meio de uma parceria entre as organizações sociais Associação Paulista dos Amigos da Arte (APAA) e Catavento, responsável pelo programa Fábricas de Cultura. A série apresenta um retrato do rock com recorte paulista, desde os anos 50. “Algoritmos do Rock” ficará disponível nos canais de YouTube da plataforma CultSP Play (@cultspplay) e das Fábricas de Cultura (@tvfabricas).

Com episódios quinzenais de aproximadamente 30 minutos, “Algoritmos do Rock” conta sobre o gênero musical a partir do relato de artistas de grande expressão nacional. No primeiro episódio, o entrevistado é Tony Campello, que conta sobre sua carreira, iniciada no final dos anos 50. Tony traz, ainda, um panorama do cenário musical da época, além de indicar 10 músicas do rock brasileiro gravadas naquela década.

Os entrevistados dos episódios seguintes são, também, ícones da música brasileira, tanto quanto o cenário e os artistas que descrevem: Líllian Knapp, da dupla Leno & Líllian, conta sobre a Jovem Guarda e o rock dos anos 60. Um dos maiores guitarristas brasileiros, reconhecido pelo solo de “Ovelha Negra”, da banda Tutti Frutti, Luiz Carlini, dá seu testemunho sobre a década de 70, marcada pelo experimentalismo. Já o cantor Clemente, vocalista da banda Inocentes, traz, com grande propriedade, um relato sobre o movimento punk, tal como se consolidou no Brasil nos anos 80.

Como parte central de todos os episódios, justificando o propósito do projeto, cada um destes artistas traz, também, uma lista de dez indicações de músicas essenciais do rock brasileiro de cada década. Antecipando o primeiro episódio, Campello traz, entre outras sugestões, os títulos “Estúpido Cupido”, gravada por sua irmã Cely Campello, “Diana”, de Carlos Gonzaga, e “Anjo Triste”, de Hamilton di Giorgio.

“Eu me orgulho muito em dizer que fiz parte dessa leva de artistas que contribuíram para que o chamado rock n’roll, da época, fosse aceito e cultivado de uma maneira que depois criou frutos, como a jovem guarda, a tropicália e outros movimentos que vieram após a chegada do velho rock”, analisa Tony em seu depoimento.

“A riqueza cultural de São Paulo também é muito bem representada no rock, desde a chegada do gênero musical ao Brasil. Diversos nomes de grande projeção, nos mais variados estilos dentro do gênero, surgiram no estado, onde o rock continua muito vivo e vibrante. Não apenas o estilo, como os artistas por trás dele, merecem registros como o dessa série, para que essa história e essa manifestação cultural possam chegar a mais pessoas”, declara Gláucio Franca, diretor geral da Associação Paulista dos Amigos da Arte.

A série
Se antes eram os vendedores das lojas de vinil, os locutores de rádio e os VJs da MTV os grandes responsáveis pela curadoria e disseminação da cultura do rock, hoje essa função vem sendo exercida, em grande parte, pelos aplicativos de streaming musical. São seus algoritmos, sem nome nem sobrenome, que nos sugerem músicas, a partir de palavras digitadas em seus mecanismos de busca. “Nosso projeto vem resgatar esse espaço do rock, que ficou um pouco perdido no tempo e nas memórias, com boas indicações feitas por personalidades que fizeram história no segmento”, observa Renato Barreiros, superintendente de Promoção e Articulação das Fábricas de Cultura geridas pela OS Catavento.

A educação musical e a preservação da cultura tratam de memórias que passam de geração em geração. Desta forma, “Algoritmos do Rock” recorre a personalidades influentes do rock brasileiro em cada década para contar sobre movimentos importantes oriundos do gênero, desde os anos 50, e recomendar aos jovens uma playlist contando um pouco da história de cada música e de cada banda. Os episódios da série ficarão disponíveis ao público pelo YouTube e serão exibidos como palestras para os jovens frequentadores das Fábricas de Cultura.

Fonte: Pevi56

By Henrique Carnevalli

Viciado em música, Pirado na fase psicodélica do Ronnie Von e Corinthiano. Lupúlomaníaco e Beer Sommelier formado no ICB.

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