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Banda formada há 7 anos, oriunda de Campinas/SP, 3 anos após o lançamento do primeiro disco, lança este EP com 3 músicas apenas, sendo que duas delas são regravações do registro anterior de 2014 e uma inédita.

E qual o motivo de regravar tais músicas? Eles decidiram colocar o disco sob uma nova perspectiva, motivados pelo desligamento do antigo vocalista, Bruno Baptista e por enxergar novas possibilidades em termos de produção, ja que o primeiro registro foi gravado em Home Studio.

Na verdade o que eles fizeram foi regravar duas músicas do disco de estreia, Get Naked – lançado em 2014, adiciona a uma faixa inédita, com a perspectiva de novos ares.
Mas vamos detalhar o que de fato aconteceu, como foi este processo:

A faixa que abre o disco chama-se Sweet Anger, que também foi lançada em 2014 com o nome de Why Are You So Angry? (roupagem totalmente diferente da primeira versão, mais pesada, mais crua!
Esta com um riff matador, melhor faixa do disco sem sombra de dúvidas e quem canta nela é a vocalista Juh, ja que a banda possui duas vozes.
Também lançaram um Lyric Video dela e que pode ser conferido AQUI!
Música forte e que nesta versão ficou matadora e intensa com destaque para a voz de Juh somando aos riffs fortes além dos solos de Fred e Bruno.

A segunda faixa do disco é a, até então, inédita My Eyes que tem Fred nos vocais.
Aqui o som é mais “maneiro” do que a faixa anterior, traz uma proposta bem diferente do que na voz de Juh, é uma outra “pegada“.
No final tem uns “estalos” como em um som de disco de vinil. Também tem VideoClipe dela e pode ser conferido AQUI! 

E pra fechar o EP, temos a ERW, que originalmente foi lançada em 2014 com o nome de Every Real Woman. Também cantada por Juh, esta faixa me lembrou muito uma banda incrível de Brasília dos anos 80, a incrível Volkana. Bons tempos aqueles…
Esta, que não tem nada a ver com a versão de 2014, a não ser a letra, tem uma introdução com umas viradas diferenciadas na bateria de Henrique, riff marcante mas não tão pesado, faz com que a cozinha com o baixo de Bob fique bem bacana.

Tive a impressão de que as faixas se assemelhavam muito a um “ao vivo no estúdio“, depois descobri que a gravação foi toda analógica e que realmente tinha algo de “ao vivo no estúdio“.

Todo o processo aconteceu no estúdio Cajueiro em Campinas/SP e a banda gravou as músicas ao vivo direto na fita de rolo, processo analógico.
Como o baterista Henrique Matos nos explica: “Sempre quisemos gravar de forma analógica. Alcançamos o resultado esperado e, de fato, ficou diferente em relação a uma gravação digital. A performance ficou muito natural, e a fita casa melhor todas as frequências, tudo soa mais orgânico, parece que todos os instrumentos têm o seu espaço sem conflitar.”

Quem assina a produção é nada mais nada menos que Maurício Cajueiro que já trabalhou com muita gente de “patente alta” no meio musical como Linkin Park, Steve Vai, Glenn Hughes, Gene Simmons só para citar alguns.

Arte
A bela capa, assim como a anterior, também foi assinada pela vocalista Juh Leidl, que também é artista plástica e que tentou criar algo em cima dos temas das três músicas: “E se você observar, as posições e contornos humanos trazem inconscientemente a mesma forma do símbolo de nosso logo”, comenta a vocalista.
O EP que nos foi enviado é um CD-R muito bem impresso e envernizado e na contra-capa tem aquele famoso selo: “Advisory: Parental Explicit Content”.

No Geral
E foi aproveitando as sessões de gravação de “Keep On Naked” que a banda participou do Tributo Brasileiro ao AC/DC, que pode ser conferido AQUI!

Eles registraram uma versão bem peculiar para “Badlands”, clássico do AC/DC de 1983, lançado no álbum “Flick Of The Switch”.
A versão do Threesome fez parte do tracklist de “For Those About To Brazil… The Brazilian Tribute To AC/DC” lançado pela gravadora Secret Service da Inglaterra e que reuniu outros grandes nomes do rock brasileiro como Torture Squad, Motorocker, King Bird, Uganga, Seu Juvenal, entre outros.

Essa foi a última gravação da banda divulgada como Threesome. A partir desse momento a Threesome passa, oficialmente, a se chamar Freesome. Como a explicação para a troca de nome é um pouco extensa, vamos tentar resumir em algumas frases ditas pela vocalista Juh sobre o motivo dessa mudança de nome:
“A Threesome começou com três integrantes, que evoluíram para seis, masmantinham à frente dos vocais um tipo de intercâmbio entre três vozes.
Por vezes músicas individuais, ás vezes duetos ou coros. Num primeiro momento o nome e o sentido de Threesome acolhia as expectativas do que buscávamos.

Os anos se passaram, a formação mudou, ficamos em dois vocalistas, ainda que num intercâmbio, e ao todo quatro músicos. A banda foi criando cada vez mais personalidade e mais elementos de cada integrante foram sendo colocados nas composições. O núcleo criativo não eram mais os três que fundaram a banda, mas a banda em si. Nesse processo todo, as características e sonoridade mudaram, ficamos mais pesados, ficamos mais dinâmicos,
e ficamos ainda mais LIVRES (FREE).

Continuamos LIVRES para compor letras sobre qualquer assunto, incluindo, por que não, sexo! Mas sem ter a obrigação de ser apenas a banda com “conteúdos sacanas”. E dentro desse entendimento como banda desta nova fase, decidimos que o passo que faltava era mudar o nome. Ele seria a consagração da visão atual. A palavra FREE estava ali, na cara!

Entendemos que mais do que tudo queremos fazer arte, e que somos FREE para pensar e nos expressar sem medo de rótulos, e sem limites.”

A galera está à todo vapor e afirma que tem material para, pelo menos, mais três discos.

O único ponto que poderia sugerir pra banda é que deixassem somente Juh cantando e Fred arrebentando nas guitarras e piano. Eu, particularmente, não curto muito uma banda ter mais de um vocalista, a não ser um Metal Opera. Lembrando que só fiz este comentário porque como o foco deste review é este disco com 3 faixas apenas, meu comentário é baseado única e exclusivamente nelas.

Vão levar 8 brejas extremamente geladas.

Formação
Juh Leidl – Vocal
Fred Leidl – Guitarra e Vocal
Bruno Manfrinato – Guitarra
Bob Rocha – Baixo
Henrique Matos – Bateria

Track List
01-Sweet Anger
02-My Eyes
03-ERW

NOTA:  08/10

By Alex Silva

Headbanger desde que se conhece por gente, Design Gráfico de formação, fissurado por discos de vinil de bandas de hard/rock/metal/punk nacional dos anos 80/90´s, no entanto um apreciador de uma boa música, independente de estilos.

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