Enfim saiu o oitavo disco do Epica, intitulado de Ωmega, traz uma banda com cada vez mais sinergia e inspirada nesse momento de pandemia.
O grupo que tem 19 anos de carreira, podemos considerar que é um AC/DC do Symphony Metal, já que o grupo mantém sua sonoridade desde o seu primeiro disco e isso para uma banda deste estilo é muito positivo.
O novo álbum chega junto ao anúncio do tour confirmada no Brasil em dezembro (clique aqui), porém, se a vacinação continuar nessa lentidão, infelizmente terá que ser remarcada, e também, a loja na Galeria do Rock em parceira com a em parceria com a Liberation Music Company, ou seja, aqueles itens que sonhamos comprar e ingressos sem taxas, estarão mais próximos dos fãs!
Epica tem uma relação de bastante carinho com o público brasileiro, onde o país é sempre rota para a divulgação da turnê de novos álbuns, isso que recebemos em 2019, os show comemorativo de 10 anos de Design Your Universe, meu disco favorito de longe.
Entrando no novo álbum separei algumas faixas de destaque que gostei bastante:
A faixa ‘Abyss Of Time – Countdown To Singularity’ combinou muito sobre a situação que estamos passando com a pandemia e de como temos que sobreviver. “Nós marchamos / Estamos em contagem regressiva /Para a singularidade / Enquanto nos afogamos / Estamos seguindo em frente / Para dominar a sabedoria / Para ser livre”
A pensativa ‘The Skeleton Key’ diz para nos autoconhecer e encontrar a chave mestra dentro de nós. ‘Seal Of Solomon’, achei curiosa a letra, que se não fosse do Epica, poderia se encaixar muito bem numa banda de White Metal. Já ‘Code Of Life’ também é mais uma canção reflexiva, que fala sobre nossas vidas, além de descaso com a Mãe Natureza além de decifrar qual é o Código da Vida.
‘Freedom – The Wolves Within’ é uma ótima canção dentro e fora. Dentro porque segundo Mark Jansen, é baseada em uma velha história de uma luta entre dois lobos. E fora porque a banda se juntou ao WWF e a gravadora, Nuclear Blast para apoiar uma causa em três etapas. Com os alcances esperados pela gravadora nas plataformas de streaming, gravadora patrocinará a adoção simbólica de 2 lobos cinzentos ameaçados de extinção através do World Wildlife Fund, para que em, ao final da partida, cada integrante da banda terá adotado um animal.
Se for por isso, parece que a meta pode ter dado certo, já que o disco alcançou ótimos índices na estreia, sendo segundo lugar no Brasil no iTunes.
A mais longa faixa do disco ‘Kingdom of Heaven, Part 3 – The Antediluvian Universe’, além de ser uma viagem musical, mostra uma sinergia única que o Epica possui. ‘Rivers’, outra faixa muito reflexiva, se encaixa também nesse momento de pandemia, ainda mais quando você está se sentindo angustiado, também mostrou a entrega e qualidade vocal da Simone Simons que vem ficando cada vez mais cristalizada.
Chegando na última faixa, ‘Omega – Sovereign Of The Sun Spheres’ traduz do pé a cabeça o que diz a capa do álbum, achei essa conexão maravilhosa. Vi também que Sascha Paeth contribuiu em algumas composições do disco, incluindo esta faixa.
Ωmega entregou tudo o que os fãs esperam do Epica, qualidade, muito coral, orquestra, gutural, performances única de Simone Simons e claro, letras com conteúdo. Não seria menos do que 10 copos de breja mas com moderação tá! Intercale com 2 copos d’água!
Formação:
Mark Jansen – guitarra, vocais
Coen Janssen – teclado, sintetizadores, piano
Simone Simons – vocais
Ariën van Weesenbeek – bateria
Isaac Delahaye – guitarra, vocal de apoio
Rob van der Loo – baixo
(2021 – Nuclear Blast Records)
Tracklist
01- Alpha – Anteludium
02- Abyss of Time – Countdown to Singularity
03- The Skeleton Key
04- Seal of Solomon
05- Gaia
06- Code of Life
07- Freedom – The Wolves Within
08- Kingdom of Heaven ~ Part III – The Antediluvian Universe
09- Rivers
10- Synergize – Manic Manifest
11- Twilight Reverie – The Hypnagogic State
12- Omega – Sovereign of the Sun Spheres
NOTA: