Bora conferir o que foi de lançamentos da semana no mundão rock/metal? Começando a edição 32 do Rewind com…
Pure Obsessions & Red Nights – The Devil in their Dreams
Killrape – Wh0re of Babylon
Nobody – Excommunicated
GANGRENA GASOSA – DEVORADOR É O DIABO
Ranna’s Kin Wagon – First Arrival (Redemption)
Darkness is my Canvas – Inverted
Colibri & Vandal – Quem Será?
Denial of Death – Warriors of Steel
i Helvete – Uuden Ajan ABC
Miss Vain – One to Burn
Jonathan Wilson – The Village Is Dead
Nevrlands – Chemicals
NOTHING MORE – SPIRITS
Lacey Sturm – Breathe With Me (Featuring Lindsey Stirling)
Khiral – Versions Of Reality
The Darkness Foundation – Valkyria
SKELETON PIT – Phantom Fire
Paulinho Bahiense – Perpetual Symphony
The Plot In You – Forgotten
DOKKEN – Fugitive
Neck Deep – Take Me With You
Ronnie Atkins – Trinity
Daughtry – Artificial
KATAKLYSM – Dark Wings of Deception
Bora se programar?
– Steel Panther [19/10 – São Paulo/SP] – Ingressos aqui
– Roberto Carlos [26, 28/10 – São Paulo/SP] – Ingressos aqui
– Os Paralamas do Sucesso & IRA! [17/11 – São Paulo/SP] – Ingressos aqui
Roadie Crew Online Festival
Teve nova edição do evento online, realizado mensalmente, dá continuidade à sua missão de celebrar e promover o trabalho das bandas brasileiras e fortalecer a cena do heavy metal nacional, sempre com transmissão “Streaming-Live” exclusiva pelo canal oficial da Roadie Crew no Youtube. Confira:
UMA JOIA ETERNIZADA EM VINIL!
Um dos álbuns mais festejados pela crítica no ano passado, “Cássia Eller e Victor Biglione in Blues” chega este mês ao formato físico em LP. O disco, gravado em 1992 e lançado postumamente em 10 de dezembro de 2022, quando Cássia completaria 60 anos, recebeu em maio último o Prêmio da Música Brasileira na categoria “Projeto em Língua Estrangeira”. O trabalho é uma das pérolas do antigo acervo da Polygram, hoje sob a responsabilidade da Universal Music. O lançamento físico de um álbum desta relevância eterniza o trabalho dos dois talentosos artistas. Saiba mais aqui:
https://www.umusicstore.com/cassia-eller .
Fruto do encontro musical de uma das vozes mais marcantes da nossa música popular com o virtuosismo do renomado guitarrista Victor Biglione, o álbum era um dos discos mais aguardados dos últimos 30 anos. O trabalho reúne iluminadas releituras de clássicos do blues e do rock numa roupagem de rara criatividade em que o poderio vocal de Cássia Eller se casa perfeitamente com a sonoridade da guitarra de Biglione.
Depois do resgate dos originais do álbum, optou-se por uma remasterização para adequar o trabalho aos parâmetros técnicos de execução nas novas mídias, missão confiada ao premiado engenheiro de som Ricardo Garcia. “A qualidade da gravação feita na época é muito boa e os ajustes foram mínimos. É importante destacar que esse disco de 30 anos não é um trabalho datado. Sua sonoridade é contemporânea”, elogia.
Essa história começa após uma viagem do músico aos Estados Unidos no início de 1991. “Eu me ressentia que não tínhamos no Brasil um trabalho de releituras que expressasse a riqueza que a linguagem blues traz consigo”, conta o instrumentista e arranjador, que selecionou o repertório e buscava uma voz feminina que encarnasse o projeto. “Uma produtora amiga, Lígia Alcantarino, me indicou uma cantora iniciante chamada Cássia Eller. Ouvi Cássia cantando a faixa ‘Por Enquanto’, de Renato Russo, em que citava ‘I’ve Got a Feeling’, de Lennon e McCartney, na introdução. Logo vi que ela tinha essa pegada”, rebobina o guitarrista consagrado nacional e internacionalmente, que a essa altura já tinha três álbuns solo, um Grammy Internacional com o grupo Manhattan Transfer, em 1988, e já era um dos mais requisitados músicos de estúdio, o que o levou mais tarde a ser guitarrista com o maior número de gravações e shows na história da MPB.
Cássia, por sua vez, havia lançado seu primeiro álbum, “Cássia Eller” (Polygram, 1990), com um repertório dominado pelo rock’n’roll, e vinha arrancando elogios da crítica, pavimentando os primeiros passos de uma carreira apoteótica que lhe renderia inúmeras premiações, como o Grammy Latino, em 2002, os prêmios Sharp (1991, 1993, 1995, 1997, 1998 e 2002), Multishow (2002), entre outros.
“Lembro que a Cássia foi à minha casa bem tímida. Passei a ela o repertório e, três dias depois, no primeiro ensaio com a banda, ela já havia dominado todas as canções, com interpretações estonteantes e cheias de personalidade. Todos ficaram de queixo caído, pois ela não conhecia aquelas obras até então”, revela Biglione.
Espremido entre o primeiro e o segundo álbum de Cássia, “Malandragem” (Polygram, 1992), o projeto em parceria com Victor Biglione acabou não saindo. Mas o festejado encontro musical rendeu shows antológicos da dupla no Circo Voador e no Free Jazz Festival, de 1992, na noite em que tocariam Albert King e Robben Ford. Aliás, foi a lembrança dessas apresentações evocada pelo público que manteve a expectativa de lançamento desse álbum por tanto tempo. “Se o disco tivesse saído naquela época, certamente daria um impulso notável na carreira internacional da Cássia, que não deixava nada a dever a muitas cantoras estrangeiras”, aposta Biglione, músico com vasta vivência em festivais mundo afora, tendo conquistado posteriormente um Grammy Latino com Milton Nascimento por sua participação no acalmado álbum “Crooner”, em 2000, e foi finalista na edição de 2016 com o solo “Mercosul”.
“Cássia Eller é uma das maiores vozes femininas da história da música brasileira, além de ter sido uma referência de comportamento para muitos jovens que a acompanharam até a sua morte. Com uma carreira tão curta, deixou uma obra definitiva. Tudo é bom e a gente sempre quer mais. Os fãs de Cássia agradecem por essa iniciativa! Esse trabalho com Victor Biglione une esse desejo de ouvi-la de novo, e mais, com a certeza de que temos mais uma vez uma Cássia bem acompanhada, afinal, estamos falando de um dos maiores guitarristas do Brasil”, testemunha a jornalista a pesquisadora Chris Fuscaldo.
Composto por 10 faixas, sendo duas instrumentais, “Cássia Eller & Victor Biglione in Blues” reuniu no estúdio músicos de alta qualidade, recrutados por Biglione, que assinou os arranjos e dividiu a produção musical com o saxofonista Zé Nogueira. Participam da banda-base André Gomes (baixo elétrico), André Tandeta (bateria), Marcos Nimrichter (órgão), Ricardo Leão (teclados) e Nico Assumpção (baixo acústico), falecido precocemente em 2001, que toca em duas faixas. Biglione esbanja sua técnica por todo o trabalho travando diálogos inventivos com Cássia Eller. Há que se registrar ainda o arrepiante naipe de metais que reunia Zé Nogueira (sax alto e soprano), Zé Carlos Ramos, o Bigorna (sax alto), Chico Sá (sax tenor), Bidinho (trompete) e Serginho Trombone (trombone), morto em 2020. A captação, mixagem e masterização foram feitas na ocasião por Sérgio Murilo.
Prontinho, atualizados! Semana que vem tem mais resumão de lançamentos! Cheers!
#REWINDSemana32