Toda vez que nos programamos para ir em eventos cervejeiros ficamos animados pela variedade de rótulos, boa gastronomia, lançamentos e logo pensamos: é hojeeeeee!
Mas é inegável que quando começa muita lotação no espaço, nas filas dos banheiros ou na retirada de chopes acaba dando uma desanimada vez ou outra. E se eu te dissesse que poderíamos preservar todas as características positivas desses festivais, mantendo as ótimas cervejarias, comida e ambiente de qualidade e bandas boas com a tranquilidade de um espaço mais intimista? Slow Brew Ribeirão já traz para a cidade anualmente esse “sonho” de todo apreciador de cervejas artesanais.
Declaradamente assumidos como um evento selecionado com limitação de quantidade de participantes, o Slow Brew Ribeirão acontece no Pub Vila Dionísio; espaço de qualidade que se destaca pela diversidade de cervejas, ambiente único na cidade e as melhores coxinhas e bolinhas de queijo da minha vida! O Slow Brew tem, para mim, um significado especial. No ano de 2016 me mudei para a cidade de Ribeirão Preto e o Slow Brew 2016 – com a visita de várias cervejarias de Porto Alegre – foi o primeiro acontecimento que participei na cidade. Então consegui acompanhar de perto essa evolução da festa. Já em 2017 pude sentir essa vibe de evento no Pub, mais exclusivo e, ainda assim, garantindo uma bebedeira memorável.
Logo no começo eu fui conversar com a Kátia Pereira (curadora do festival) para saber mais detalhes sobre a origem e evolução da festa. A união pela paixão cervejeira levou ela e o Maurício a pensar no evento. Pegaram gosto pela coisa e foram ampliando cada vez mais; chegando a ter 5 mil pessoas num mesmo espaço. Hoje, mais consolidados, encontraram em São Paulo um plus para atender os slowers do Brasil todo.
Quando perguntada sobre essa característica do festival ser mais restrito, Kátia afirma que “queríamos um evento mais intimista onde a gente pudesse trazer um público mais selecionado, com rótulos também mais selecionados de uma forma que a pessoa possa chegar no evento e ter uma experiência magnífica (…) Escolhemos muito bem nossos rótulos e as cervejarias se engajam no que a gente propõe e isso ajuda bastante.”
Pensando no desafio que o cenário cervejeiro encontra hoje, Kátia expõe que “ ainda temos que explorar muito as cervejas. Nossa missão é apresentar o diferente para quem já experimenta, mas ser uma porta de entrada para quem está começando. Eu acho que isso tem que ser mais divulgado e tem bastantes cervejarias (como em Ribeirão Preto) que estão fazendo um lindo trabalho.”
Todos os sedentos participantes chegam logo no começo do evento e não perdem um instante das torneiras, aproveitando cada momento desta tarde de sábado marcante. Para esquentar, tivemos um blues de qualidade e guitarra potente do Netto Rockfeller. Aproveitando que a galera já estava mais animadinha e alcoolizada, a banda Tonantes Verdes Fritos seguiu animando o evento. E claro, evento cervejeiro que se preze, tem que trazer o bom e velho Rock n Roll e os caras do MiEx ( Microbius Experince) não decepcionaram.
Se engana quem pensa que por ser mais fechado, teve menor participação de cervejarias e poucos rótulos. Nos copos da galera só cerva de qualidade como Dogma, Mad Dwarf, Cozalinda, etc. Inclusive convidadas estrangeiras como a Edge Brewing (Espanha) e Thornbridge (Inglaterra). Haviam brejas do Ceará, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e São Paulo num total de 20 cervejarias convidadas e 51 rótulos à vontade! Não faltou cerveja nas torneiras e tudo ocorreu bem, um verdadeiro sucesso, vida longa ao Slow Brew! Perdeu esse? Não precisa se preocupar. Em dezembro/2019 tem mais. O Slow Brew Brasil, em São Paulo, vem aí com muitas novidades.
Agradecimentos: Kátia Pereira (Slow Brew)