Este é o ano do mercado cervejeiro. A produção já ultrapassou os 14 bilhões de litros, segundo pesquisa CervBrasil e o setor ainda triplicou a oferta, ultrapassando a marca de 5 mil produtos, segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura. Mas o segmento promete expandir ainda mais. “Apesar da atual situação econômica, que terá com certeza um impacto sobre os números de vendas, o mercado de cerveja no Brasil ainda vai aumentar por causa da população e sua idade”, afirma o brewmaster e coordenador da VLB Berlin, Roberto Biurrun. Renomado internacionalmente, o também coordenador de Serviços para América Latina, Espanha e Portugal da VLB Berlin e referência no setor em todo o mundo, estará entre os dias 7 e 9 de julho, em Blumenau (SC) para o 1º Congresso Latino Americano de Ciência e Mercado Cervejeiro (Cervecon).
Com mais de duas décadas de experiência a frente do mercado cervejeiro, Roberto Biurrun apresentará palestras sobre as variedades de lúpulo, o movimento “Craft Brewer” e participará de um debate sobre as tendências do mercado cervejeiro no Brasil e América Latina ao lado de grandes nomes do setor como o sommelier argentino Martín Boan, o mestre-cervejeiro Paulo Schiaveto, e o idealizador e diretor da Escola Superior de Cerveja e Malte, Carlo Enrico Bressiani.
Nos preparativos para desembarcar no Brasil, Roberto Biurrun falou um pouco sobre a expansão do segmento no país, o lúpulo brasileiro e qual segmento o mercado cervejeiro nacional ainda precisa melhorar para atingir patamares internacionais:
– Como vê a expansão do segmento no Brasil?
Apesar da atual situação econômica, que terá com certeza um impacto sobre os números de vendas, o mercado de cerveja no Brasil ainda vai aumentar por causa da população e sua idade. Particularmente, o setor de cerveja industrial é referência no mundo, grandes grupos como a Ambev, Heineken e Kirin já estão presentes no Brasil, isso mostra o quão importante é este mercado para as empresas internacionais. Em relação ao setor das cervejas artesanais, o desafio será o de sobreviver com a situação econômica atual, mas esse movimento tem um desenvolvimento muito interessante no Brasil.
– Nos últimos anos, a produção brasileira de lúpulo tem sido almejada. Esta expansão no setor pode incentivar a explosão do mercado brasileiro?
Acho que não. Claro que novos fornecedores locais de matérias-primas são sempre bem-vindos, mas na minha opinião, o nascente mercado de cerveja (em particular o setor da cerveja artesanal) é satisfazer a necessidade de clientes para obter uma cerveja diferenciada.
– Em qual área/segmento o mercado cervejeiro nacional ainda precisa melhorar?
O termo profissionalização é a palavra-chave para o mercado. Desta maneira, a VLB tentar estar presente em toda a América Latina a fim de apoiar os recém-nascidos cervejeiros artesanais . Um exemplo é o convite que eu estou atendendo a participar do Cervecon , como palestrante e depois para dar aulas durante uma semana na Escola Superior de Cerveja e Malte, em Blumenau.
Programação Cervecon:
Quinta-feira (7 de julho):
Atividades pré-evento:
8h – Recepção na Escola Superior de Cerveja e Malte
9h às 12h – Impostos (aspectos tributários). Palestrante: Carlo Bressiani.
9h às 12h – Pensando fora da caixa: uso de especiarias e maturação em madeira na produção de cerveja. Palestrante: Idney José da Silva Júnior.
9h às 12h – Avaliação Sensorial no dia a dia das microcervejarias. Palestrante: Marcos Odebrecht.
Programação científica:
12h30min – Credenciamento no palco principal do auditório da Vila Germânica
14h – 14h50min – Diferentes tipos de mistura (Gustavo Miranda)
15h – 15h30min – Relação Cervejarias x Ciganas (Ronaldo Flor)
16h – 17h30min – Debate 1: Lei da Pureza Alemã (Sandro Cocuzza, Gustavo Miranda, Rodolfo Rebelo – Moderador)
17h30min – Solenidade de abertura oficial do evento.
Sexta-feira (8 de julho):
8h15min às 9h15min – A Importância do controle e eliminação de microrganismos na manutenção da qualidade no processo cervejeiro (Roberta Bassi Soraes Jacinto)
9h20min às 9h50min – RX do Mercado de Cervejas na Argentina (Martín Boan)
10h às 10h30min – Intervalo e visita aos pôsteres
10h30min às 11h20min – Lúpulo – Amargor, aroma e…. Algo mais? (Sandro Cocuzza)
11h30min às 12h20min – Produção brasileira de cevada cervejeira: situação, desafios e perspectivas (Euclydes Minella – Embrapa Trigo)
11h30min às 12h20min – Controle Microbiológico em Cervejarias – O que os nossos Olhos Não Veem – Sala Temática (Gabriela Muller)
12h20min às 14h – Almoço
14h às 14h50min – Técnicas avançadas de refermentação em garrafa (Marcelo Cerdan)
15h às 15h50min – Técnicas de Dry-Hopping (Georg Drexler)
15h50min às 16h30min – Intervalo e visita aos pôsteres
16h às 17h30min – Branding, franshising e mídias sociais (Daniel Wolff)
Sábado (9 de julho):
8h15min às 9h30min- Novas variedades de lúpulo e aplicações na elaboração de cervejas – Roberto Biurrun (VLB – BERLIN)
9h40min às 10h30min – Comparação de Marketing: Vinho e Cerveja (Gustavo Gariglio Daher)
10h30min às 10h50min – Intervalo e visita aos pôsteres
10h50min às 11h20min – Utilidades para Microcervejarias (Honorato Pradel)
11h30min às 12h20min – Flavors (Paulo Schiaveto)
Almoço
14h às 15h – O movimento “Craft Brewer”: alcançar tamanhos industriais mantendo a essência do ofício (Roberto Biurrun)
15h10min às 15h40min – Uso de Centrífuga na Finalização (Walter Borelli)
15h10min às 15h40min – Homebrewing: Técnicas e Mitos na Brassagem- Sala Temática (Guenther Sehn).
15h40min às 16h – Intervalo e visita aos pôsteres
16h às 17h30min – Debate: tendências do Mercado Cervejeiro no Brasil e América Latina – (Martín Boan, Roberto Biurrun, Carlos Bressiani (Moderador)
17h30min – Encerramento.
Fonte: Oficina das Palavras