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Foto: Rafa Amaro

A 26ª edição do RockBreja+Prosa já é em clima de Rock In Rio 2015! Afinal conversamos com o Junior Dias, guitarrista da banda John Wayne que toca no dia 24 no Palco Sunset junto ao Project46.

Claro que o assunto Rock In Rio não pode faltar na conversa, além do festival, ele contou sobre o novo disco da banda, carreira, e o óbvio, cerveja e suas preferências! Entre no clima do evento e venha ler!!!

Formada há seis anos, a banda John Wayne, nascida e criada no bairro de Perus, presenteia a cena musical com qualidade. O novo disco “Dois Lados – Parte I” propõe reflexões bem brasileiras, em forte português. Arranjos primorosos e muito peso arrematam o cenário inspirado no clássico “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri. Este segundo álbum, primeiro lançado pela Deck, sucede o EP homônimo (2011) e o álbum “Tempestade” (2012).

Está esperando o que em pegar sua breja e ler a entrevista?

 

ROCKBREJA: Obrigado Junior pelo espaço em falar com o nosso site, fale um pouco sobre a banda John Wayne e sobre o nome:

Junior: Nós somos uma banda de metal da periferia de São Paulo. Surgimos em meados de 2009 com uma proposta de som diferente, moderno, com letras em português, o que na época era novidade para todo mundo. O nome da banda veio do Serial Killer norte americano, mais conhecido como palhaço assassino. Escolhemos esse nome entre dezenas de outros que estavam na nossa lista, mas esse foi o que mais tinha a cara do nosso som e a proposta dele. O nosso som é bem agressivo e pesado, quase uma trilha sonora de terror. Além disso, somos totalmente contra a violência. Esse nome é uma forma de protestar contra todos os atos criminosos do cara e fazer com que todos reflitam sobre até que ponto o ser humano pode chegar.

 

ROCKBREJA: Como foram as criações e produção do novo disco “Dois Lados – parte 1”?

Junior: Foi um processo rico e prazeroso. Dessa vez a gente teve tempo pra fazer as coisas como queria. Então pudemos trabalhar com calma, e o resultado foi que fizemos um disco que a gente realmente quisesse ouvir, entende? E trabalhar com o Adair (n.a. Daufembach) é ter a chance de deixar sua obra mais rica. Ele é um grande amigo e parceiro nosso.

 

Dois Lados - Parte I (2015)
Dois Lados – Parte I (2015)

ROCKBREJA: Este “Parte 1” é um sinal que será lançado em breve o “Parte 2”?

Junior: Com certeza! Todas as letras do disco “Dois lados – Parte I” foram inspiradas na obra de Dante Alighieri “A Divina Comédia – Inferno”. Então você ouve o disco e percebe essa densidade toda. O próximo será o oposto em termos conceituais – o que não significa, necessariamente, leve (risos).

 

ROCKBREJA: Vocês são da Capital de São Paulo, mas precisamente de Perus, um local que sempre tinha eventos de Rock, hoje em dia é bem remoto estes tipos de eventos, você frequentava os shows rock da região?

Junior: Sim, colava! Sempre tive banda, desde bem novo. Então eu tocava em muitos desses shows e também ia pra prestigiar as bandas de amigos. Esse intercâmbio é importante pra gente: pra o músico, pra cena, e pra vida ficar mais divertida também.

Esq. para Dir. : Edu Garcia (Bateria), Rogerio Torres (Guitarra), Fabio Figueiredo (Vocal), Junior Dias (Guitarra) e Denis Dallago (Baixo) / Foto: Felipe Nevares
Esq. para Dir. : Edu Garcia (Bateria), Rogerio Torres (Guitarra), Fabio Figueiredo (Vocal), Junior Dias (Guitarra) e Denis Dallago (Baixo) / Foto: Felipe Nevares

 

ROCKBREJA: Agora com a gravadora Deck respeitada no cenário nacional, o nome John Wayne só tende a crescer e conquistar novos fãs?

Junior: Com certeza. A Deck só veio para somar! Está sendo muito prazeroso fazer parte da gravadora que sempre esteve presente no cenário underground, muitas das bandas que cresci ouvindo trabalham ou já trabalharam com a Deck. E estamos a todo vapor!

 

ROCKBREJA: Qual a expectativa do show no Rock In Rio? Vai ter surpresas?

Junior: Ah, tem que ter, né (risos). Cara, a gente está feliz demais. Somos uma banda que faz um som pesado, então chegar a um festival desse porte é muito simbólico. Quantos, dos sete bilhões de humanos, têm uma oportunidade dessas? Quantos músicos que saem da periferia, passam uma vida enfrentando as dificuldades do underground chegam a um palco como o Sunset? Dá pra não estar feliz?? (risos)

 

ROCKBREJA: Em nossa entrevista, como falamos também de cerveja, tem um estilo preferido de breja?

Junior: Eu sou um apreciador de cerveja! Curto, em especial, as brejas nacionais de trigo! Mas estou com uma lista de cervejas para experimentar. Me falaram da Madalena e de uma com Cambuci que me interessou muito.

 

ROCKBREJA: Você gosta de se aventurar neste mundo da cerveja especial?

Junior: Sim! Curto experimentar cervejas novas. Também gosto das artesanais. Tenho um primo que fabrica cerveja, é uma parada bem caseira com um sabor único! A produção de cerveja do Brasil não deixa a desejar pra ninguém, e existem várias fábricas por aí colocando ingredientes bem brazucas, coisa que eu gosto muito. Particularmente acho que nós, brasileiros, precisamos valorizar as coisas boas que temos, e a produção de cervejas é uma delas. Eu tenho o hábito de chegar a um lugar novo, uma cidade que não conheço e procurar cervejarias locais. Já tomei coisas maravilhosas!

 

ROCKBREJA: Quando se toma em grande frequência cerveja especial, as mainstream acabam ficando cada vez mais de lado como preferência, você é flexível a este tipo de troca das cervejas de boas para “populares”?

Junior: Hoje em dia é possível encontrar boas cervejas, com preço mais acessível. A qualidade das cervejas melhorou muito e a diversidade de marcas também, só cresce. Então isso acaba contribuindo pra quê você conheça e experimente marcas nacionais e importadas. Mas não tenho problema em tomar as “normais” não, eu aprecio cerveja e consumo regularmente.

 

ROCKBREJA: Uma cerveja que você degustou, gostou e recomenda ao nosso site:

Junior: Eu gosto muito de uma que é, na verdade, bem popular entre os apreciadores de cerveja: a Appia da Colorado, que é trigo com mel. A Backer, de Minas, também é muito boa!

Appia (Estilo: American Wheat / Teor Alcoólico: 4,5% / Cervejaria: Colorado - Ambev / País: Brasil)
Appia (Estilo: American Wheat / Teor Alcoólico: 4,5% / Cervejaria: Colorado – Ambev / País: Brasil)

 

ROCKBREJA: Rock + Breja, o que faz pensar nesta combinação?

Junior: Uma bela combinação para estar com pessoas queridas (amigos / esposa) ouvindo um bom rock e dando muita risada! Mas aquilo que eu falei sobre valorizarmos as boas coisas do Brasil, e citei a fabricação de cerveja, também serve para o rock. Temos bandas muito boas, e as pessoas precisam estar abertas para conhecer coisas novas. Do contrário, podem estar deixando passar uma bela oportunidade… seria como dizer “não” para a Appia só por ser diferente. Seria ou não um desperdício? (risos)

 

ROCKBREJA: Uma mensagem final aos fãs do John Wayne aqui em nosso site:

Junior: Eu só posso agradecer. Os fãs da John Wayne são muito leais, muito parceiros. A gente tem muita sorte. Então, eu espero encontrar cada um deles no show de lançamento que faremos dia 17 de outubro no Carioca Club, em São Paulo, no Rock in Rio e em todos os outros shows que a gente vai fazer pelo Brasil! Valeu!

Links:
http://www.johnwayne.com.br/
https://www.facebook.com/BandaJohnWayne
http://instagram.com/bandajohnwayne
htttp://twitter.com/bandajohnwayne
https://www.youtube.com/user/JOHNWAYNEMUSIC

 

Agradecimentos: Aggnes Franco (Ecoefeitos)

By Henrique Carnevalli

Viciado em música, Pirado na fase psicodélica do Ronnie Von e Corinthiano. Lupúlomaníaco e Beer Sommelier formado no ICB.

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