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Humberto Zambrin e Guilherme Momesso (AttracthA)

Fotos: Pri Secco

Entramos em nossa 27ª edição do RockBreja+Prosa e volta em dupla! Conversamos com o baterista e baixista do AttracthA, Humberto Zambrin e Guilherme Momesso. Eles contaram sobre as novidades do novo disco, a entrada do novo vocal, trabalhos paralelos, o rock hoje em dia e suas preferências no mundo da breja, muito bom!

A banda surgiu em 2007 pelo Ricardo Oliveira (guitarra) e o Humberto. Ao decorrer destes anos, passaram por várias mudanças de integrantes que chegaram a ficar em hiato até 2011, porém em 2012 eles resolveram retomar as atividades como um quarteto e gravaram o EP que foi lançado em 2013 com o nome de ‘Engraved’ (ouvimos esse EP, clique aqui). Este ano com a entrada do novo vocal, a banda está preparando um novo disco que sairá logo em breve.

Pegue sua breja mais Rock N Roll e vem ler a entrevista!

ROCKBREJA: Obrigado Humberto e Guilherme pelo espaço em nossa entrevista. Conte um pouco do começo do AttracthA:

Humberto: Opa, nós é que agradecemos o espaço e a oportunidade! Bom, o Attractha nasceu em 2007, através de uma ideia minha e do Ricardo Oliveira (guitarra) de fazer um Metal livre de rótulos, contemplando todas as influências possíveis. Realmente a ideia era se preocupar com a música, não com firulas, técnicas e etc…Levamos anos para achar as pessoas certas para a banda, e acabamos estabilizando a primeira formação em 2012. Daí, logo lançamos nosso primeiro EP, em 2013, e aqui estamos nós!

 

ROCKBREJA: A banda passou por reformulações no vocal, com a entrada do Cleber Krichinak, a sonoridade e qualidade do AttracthA vem a crescer ainda mais?

Humberto: Esperamos que sim!! (risos). Na verdade a mudança de vocalista se deu por uma necessidade do vocalista anterior de se dedicar à sua vida pessoal. Toda vez que uma banda troca um integrante, eu vejo como uma janela de oportunidade, pois ali você tem a possibilidade de crescer, adicionar, variar e até mesmo melhorar o trabalho da banda.

Guilherme: No nosso caso, buscamos uma nova voz que trouxesse outros elementos para a banda, sendo um deles mais agressividade, que faz parte da evolução natural do som da banda. O Cleber Krichinak, trouxe isso com sobra para a banda!

Esq. para Dir.: Cleber Krichinak (Vocal), Ricardo Oliveira (Guitarra), Humberto Zambrin (Bateria) e Guilherme Momesso (Baixo) / Foto: Pri Secco

 

ROCKBREJA: Como estão os preparativos do próximo trabalho?

Guilherme: Atrasados! (risos)

Humberto: Temos trabalhado no material novo já há algum tempo, e tivemos alguns atrasos, principalmente para redesenhar algumas linhas vocais originalmente tratadas pelo vocalista anterior. Acabamos lançando um single também, e depois caímos na estrada para nos capitalizar um pouco. Tudo isso acabou atrasando os planos, mas devemos trabalhar nesse final de ano, com a intenção de lançar o nosso CD ainda no primeiro trimestre de 2016.

 

ROCKBREJA: Falando um pouco de vocês, além da banda, vocês trabalham com projetos paralelos dentro ou fora da música?

Humberto: SIM! Na verdade eu tenho um trabalho de tempo regular, sou formado em Construção Civil e Engenharia, então isso é meu pilar básico de sustento. Na música, fora o Attractha, tenho uma pequena parceria com o canal Musica Fácil do Youtube, que visa levar lições básicas de música para os iniciantes e em breve terei uma novidade que estou bolando com um amigo do meio da música também, mas ainda não posso adiantar muita coisa…

Guilherme: Yeap! Também sou baixista da banda The Dollar Bills que faz uma mistura de Funk, Soul, Blues, Rock. Já fui proprietário de um quiosque de cervejas especiais, sou Sommelier de Cervejas e Consultor de Sistemas “nas horas vagas” (risos).

 

ROCKBREJA: A década de 2010 começou a ter um grande hiato por bandas de rock nacional por aqui, e como os fãs disseram, “o rock voltou para seu estado original, o underground.” Como vocês pensam sobre este momento que o rock não está em tanta evidência do que os anos 2000?

Humberto: Cara…eu acho que o rock no Brasil sempre foi a contramão de tudo. Tirando raros momentos, como o primeiro Rock In Rio e a ascensão do grunge via MTV no inicio dos anos 90, o Rock nunca foi o ponto focal do Brasil, mas como você mesmo disse, até os anos 2000 brigava bem pelo espaço na mídia. Curiosamente, pelo que me lembro, foi exatamente no inicio da década de 2010 que tivemos no Brasil a explosão da música de cultura barata, que é o Sertanejo Universitário e o Funk que todos conhecem… isso acabou limitando o espaço do rock na grande mídia e por consequência, afetou a formação de uma nova geração de roqueiros que, pra mim, é o pior… vc ver crianças e jovens de 7 a 15 anos totalmente tomados por esse tipo de música frustra muito… até pouco tempo atrás os jovens dessa faixa etária ainda tinham acesso a Titãs, Paralamas, Skank, mas agora a coisa está feia demais! (risos). Realmente o espaço hoje está mais restrito. Felizmente os shows internacionais e grandes festivais não deixam o Rock 100% no underground, mas se não houver uma renovação de público e bandas, o futuro será cada vez mais underground mesmo…

 

ROCKBREJA: Quais são suas inspirações nas composições do AttracthA?

Humberto: Olha, musicalmente falando, nós nos preocupamos em fazer a melhor música possível, pensando sempre na melodia, em como o conjunto soa e principalmente se aquilo está do nosso agrado. Gosto de dizer que fazemos as músicas que eu gostaria de ouvir! A temática das letras é bem abrangente também. Falamos de cotidiano, superação de desafios, alegria, tristeza, reflexões de futuro e etc…

Guilherme: Cada integrante vem praticamente de uma escola diferente dentro do Rock/Metal, cada um trás um pouco de si pra dentro do estúdio e dessa mistura nascem nossas músicas.

Engraved (2013)

ROCKBREJA: Entrando no mundo da cerveja, como de costume, quais são os estilo de breja que vocês tomam ultimamente?

Humberto: Ah, eu sou um fã doentio das cervejas brancas belgas, as WitBier! Gosto muito de WeissBier também e ultimamente tenho me aventurado nas cervejas vermelhas mais amargas…enfim, (risos) adoro cerveja! Meu Instagram tem mais cervejas do que música!

Guilherme: A Boston Lager da Samuel Adams é minha cerveja de “cabeceira”… (risos)… Mas como amante de amargor as IPAs, APAs, Stouts e Porters tem lugar garantido na geladeira.

 

ROCKBREJA: Uma cerveja Rock que vocês gostaram?

Humberto: Nossa, são tantas!! (risos). Eu gosto da Trooper do Iron Maiden e tive uma boa experiência com a Weiss do Sepultura, acho que fico com essas duas…

Guilherme: A BrewDog HardCore IPA!!! Ok, não é de uma banda específica, mas: 9,2% de teor alcoólico, grau elevado de amargor, tem HardCore no nome e muita atitude!!! (risos).

 

Hardcore IPA (Estilo: Imperial IPA / Teor Alcoólico: 9,2% / Cervejaria: BrewDog / País: Escócia)

ROCKBREJA: Neste mundo brejeiro, escolher uma cerveja preferida é bem complicado pela infinidade de opções, mas indique uma cerveja que vocês conheceram e gostaram muito:

Humberto: Importada é a Vedett Extra White, nas nacionais, acho a Weiss da Karavelle uma excelente pedida. Menção honrosa para a Baden-Baden Golden, que foi a cerveja que abriu as portas pra mim pro mundo da diversidade…

Guilherme: Difícil hein… Cada estilo de cerveja se adéqua melhor a determinada ocasião, estado de espírito, humor… Mas uma que eu gosto muito é a Old Engine Oil, uma Porter Escocesa, negra, encorpada, sabores e aromas que remetem muito café e chocolate amargo. Sensacional!

 

Golden Ale (Estilo: Light Hybrid Beer / Teor Alcoólico: 4,5% / Cervejaria: Baden Baden / País: Brasil)

ROCKBREJA: Rock + Breja, o que faz pensar nesta combinação?

Humberto: Sexta e sábado a noite! (risos). Em São Paulo existem bons bares de rock com excelentes cartas de cerveja, então eu sempre procuro esses bares pra descobrir cervejas e músicas novas… são meus dias de redenção!

Guilherme: Praticamente qualquer coisa… (risos)… Onde tem um tem o outro… Tipo arroz e feijão!!!

 

ROCKBREJA: Uma Mensagem final aos fãs do AttracthA no site:

Humberto e Guilherme:

Queremos agradecer a todos que tem nos apoiado, tanto indo aos shows quanto pelas redes sociais e etc. Agradecemos também a vocês do RockBreja pelo espaço e pela oportunidade.

Se você não conhece o som do AttracthA:

– Uma English Pale Ale harmoniza muito bem com nosso EP ENGRAVED: Ambos têm atitude, possuem elementos harmoniosos entre si, uma complexidade mediana e que pede o “próximo gole”.

– Junto ao nosso single UNMASKED FILES aprecie uma American IPA: Mais intensa, marcante, agressiva e alcoólica. Um pouco mais encorpada mas mantendo a complexidade.

 

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Agradecimentos: Rômel Santos (Island Press)

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