A 25ª edição do RockBreja + Prosa continua no Rio de Janeiro e conversa com o trio Ventre!Eles contaram sobre a história do nome da banda, curiosidades sobre seu estilo musical, carreira, sobre o videoclipe “Peso do Corpo” e como não pode faltar, muita breja!
Formado em 2012 pelos integrantes Gabriel Ventura (guitarra e voz), Hugo Noguchi (baixo) e Larissa Conforto (bateria), pela sua experiência musical, trouxe uma nova sonoridade para o Rock dos ano 2000. O seu primeiro disco será lançado em outubro de forma independente em streaming e download gratuito.
Pega sua breja preferida e vem ler a entrevista!
ROCKBREJA: Primeiramente, obrigado por conceder um espaço para a entrevista, qual é a história por trás do nome Ventre?
Hugo Noguchi: Fala “queridxs”, aqui quem escreve é Hugo. Sou o responsável por responder a primeira parte da entrevista, espero que gostem! O nome veio do Posada (Carlos Posada, do Clã) num ensaio nosso que ele assistiu no estúdio que a gente toca em Vila Isabel (o Swing Cobra). A gente tava naquele momento – que parece eterno – de escolher um nome, até que ele soltou de bobeira “Ventre” e a gente gostou na hora!
ROCKBREJA: Vocês classificam a sonoridade da banda como? Pode se chamar de Rock Alternativo?
Hugo: Eu diria que é um tipo de canção urbana. Alternativo não diz muita coisa, mas talvez funcione para mostrar a nossa relação de alteridade com expressões mais (entre muitíssimas aspas) “mainstreans” do rock brasileiro.
Se for pra localizar melhor nosso som no tempo e no espaço; antes de mais nada Jeff Buckley (os três amam). Seguindo, eu diria que tem uma influência do rock dos anos 90 (além do tal grunge, tipo o Smashing Pumpkings), e 2000 – tipo Radiohead (já diria Biltre), como não? (risos), mas também Deftones, At the Drive In e Mars Volta – e da galera de 60 e 70 (Hendrix, Led Zeppelin e The Who). Isso somados às canções brasileiras da segunda metade do século passado e algumas compositoras americanas: amamos Gil – e o Artur Maia, no meu caso (risos), sei que o Gabriel se inspira muito no Gonzaguinha, PJ Harvey, Nina Simone e Fiona Apple pra compor também. Mas a gente curte uma pá de contemporâneos, tanto daqui, (tipo Cidadão Instigado, Lupe de Lupe, Mara Rúbia, El Efecto, Rua, Juçara Marçal, Passo Torto e Metá Metá), quanto de fora (rola uma inspiração braba da cozinha no Toe e em alguns maths, e os canhotos – Lari e Gabriel – curtem muito o Gary Clark Jr, o Jack White e o Queens of the Stone Age).
ROCKBREJA: Cada um dos integrantes passou por muitas bandas até chegar na Ventre. Como essa experiência musical influenciou na sonoridade da banda? Você acha que isso ajudou na grande aceitação do público?
Hugo: Em relação ao público não tenho o que dizer, acho que por aqui ainda não estamos no momento de ter essa segurança de afirmar uma “aceitação”. Acho que estamos no processo de batalhar para chegarmos a esse momento.
Agora, em relação às nossas experiências anteriores com outros parceiros, vou restringir essa resposta a mim porque julgo ela muito pessoal. Sou muito grato a cada um dos músicos com os quais eu toquei, não é exagero dizer que tudo que eu toco hoje aprendi ontem com eles. Seja em toques objetivos (arranjo, dinâmica, técnica, intenção, equipamentos, estética, composição) quanto em contribuições subjetivas (afeto, experiências, aprendizados e cooperação compartilhadas mesmo), “o que eu sou, eu sou em par, não cheguei sozinho”, como diria Posadinha (risos). Não vou ficar aqui pelando saco de metade dos músicos do Rio porque não é esse o objetivo (risos), mas é isso, acho que Gabriel e Larissa desenvolveram muito da linguagem e da postura profissional deles através dessas relações também, eu sei que eu desenvolvi.
ROCKBREJA: O videoclipe “Peso do Corpo”, confesso que quando assisti, pensei em uma palavra, “Bizarro!”. Qual é a história deste vídeo?
Hugo: É uma história sobre tesão e auto-repressão.
ROCKBREJA: Qual foi o álbum ou artista que vocês ouviram pela primeira vez e foi o pontapé inicial para o mundo do rock?
Hugo: Beatles, com certeza, comecei a ouvir com 8 anos e os redescobri até meus 20 e poucos anos, me ensinou sobre fazer música de modo geral (arranjo, composição, intenção e fritações de engenharia de som). Tirando eles, The Who (ou John Entwistle) foi o essencial pra desenvolver a relação que eu tenho pelo meu instrumento, descobri com 15 anos e botou meu mundo de cabeça pra baixo.
Larissa: Nirvana, com certeza!
Gabriel: Iron Maiden
ROCKBREJA: Entrando no mundo da cerveja, cada fala qual estilo preferido de breja:
Hugo: Não sou muito da cerveja, então vou indicar momentos, e não ela em si: Heineken informal da Praça São Salvador e Itaipava 3 por 5 no saudoso BDP, do lado do IFCS (Instituto de Filosofia e Ciências Sociais) da UFRJ.
Larissa: IPA (India Pale Ale) sem nenhuma sombra de dúvida!
Gabriel: Tô com a Larissa nessa!
ROCKBREJA: Se não existisse cerveja artesanal, qual cerveja mainstream vocês tomariam?
Hugo: Acho que já respondi essa pergunta – quando bebo – tomo qualquer parada que esteja a mão e que não vai me jogar nas portas do inferno no dia seguinte (risos).
Larissa: Heineken ou Estrella Galícia, sem dúvidas. Mas quando o mês aperta a solução é a Brahma de 600 a R$5,50 aqui de Vila Isabel! hahaha
Gabriel: Serra Malte se encaixa em Mainstream? Se não, a única que eu tomaria com uma cara mais triste que normal seria Skol, mas não tendo opção, vamos nessa.
ROCKBREJA: Como começou a sua paixão pelo Rock?
Hugo: Não tem um momento específico, mas se for pra escolher um em especial foi quando vi “Won`t Get Fooled Again” do The Who no (doc) The Kids are Alright.
Larissa: Eu vivi o fim dos 90 como se fosse o início. Acho que foi Nirvana que me fez virar a chavinha pro grunge, e de lá não parou mais! Mas a paixão pela bateria especificamente, se eu contar ninguém acredita: Foi o Joey Jordison do Slipknot que me inspirou quando eu tinha 13 anos, aquele solo em 90 graus do DVD Disasterpieces é inesquecível! haha
Gabriel: Compartilho o amor pelos 90 com a Larissa, (Nirvana, Alice in chains, Stone Temple Pilots, Melvins e muito mais…), mas a com certeza foi Hendrix que me trouxe pra guitarra.
ROCKBREJA: Uma cerveja que vocês recomendam ao nosso publico do site:
Hugo: Também já respondi essa pergunta, qualquer uma que não te deixa querendo parar de existir no dia seguinte (risos).
Larissa: As gringas todo mundo conhece, por isso vou citar as produças brasileiras que estão de parabéns:
– Colorado Indica (IPA), de Riberão Preto/SP;
– APA Cadabra (American Pale Ale), da carioquíssima Hocus Pocus, que também tem uma golden Ale Chamada Magic Trap que é uma delícia!
– Recentemente a Bohemia lançou uma série “Reserva”, com ingredientes brasileiros (Mate, Jabuticaba e Pimenta rosa). Eu conheci na Bauern Fest em petrópolis e amei. Pra quem gosta de IPA, vale provar Jabutiba (de Jabuticaba).
Gabriel: Verdun!
ROCKBREJA: Rock + Breja, o que faz pensar nesta combinação?
Hugo: Junta a zoeira com a vontade de zoar.
Larissa: =Vida. Ou a descrição da minha, pelo menos! (risos)
Gabriel: eu jamais responderia algo melhor que “Junta a zoeira com a vontade de zoar” hahahaha
ROCKBREJA: Uma mensagem final para os fãs do Ventre aqui do site:
Hugo: Muita gratidão pelo espaço concedido e pelo interesse e amor compartilhados por música e psicotrópicos! Muito amor e música a todos, vão na paz! ^^
Links:
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Agradecimentos: Júlia Ourique (Build Up Media)