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Dogma ganhou prêmio de melhor cervejaria com apenas 7 meses de funcionamento

A máxima de que a união faz a força não poderia se encaixar melhor na história dessa cervejaria. Nascida a partir da sociedade entre os donos de outras cervejarias (Prima Satt, Serra de Três Pontas e Noturna) a Dogma foi considerada a melhor cervejaria do Brasil em 2016 pelo site americano RateBeer. Pensando na experiência cervejeira que o Clube Wbeer proporciona para os sócios, a Dogma – a pedido da Wbeer.com.br – produziu, para o mês de outubro, duas cervejas exclusivas feitas especialmente para o clube, uma do estilo Witbier, cítrica e frutada, e outra Sour Rye Ale, ácida e picante.

Segundo a Beer Sommelière da Wbeer.com.br, Flávia Oliveira, as cervejas da Dogma possuem bastante lúpulo, são complexas e cheias de personalidade. A cerveja White Dogma surgiu com o desafio de reformular um estilo já conhecido – a Witbier – sem deixar que a identidade da Dogma fosse perdida. A Beer Sommelière, conta que essa cerveja tem a adição dois tipos de lúpulo, o Mandarina e o Hallertau Blanc, no lugar das sementes de coentro e casca de laranja, que são ingredientes tradicionais neste estilo. Já a cereja Sour Dogma, é um exemplar ácido produzido com centeio e com notas picantes. “Essa receita com centeio dá uma sensação aveludada à cerveja”, diz Flávia.

A Dogma foi fundada em julho de 2015 por três paulistanos – Leonardo Satt, Luciano Silva e Bruno Moreno – com o objetivo de criar cervejas de alta qualidade. Os ingredientes escolhidos são sempre os melhores do mercado e a criatividade e ousadia na hora de fazer as adições sempre vem após muito estudo dos insumos e das técnicas para cada estilo. Assim, os rótulos caíram no gosto, tanto dos “beer geeks” como dos que estão iniciando no mundo da cerveja. Em pouco tempo, a popularidade da cervejaria aumentou, o que ajudou a conquistar a colocação no RateBeer, que reúne avaliações dos consumidores.

Curiosidades cervejeiras

Além da dedicação no preparo das receitas, a ideia de complexidade também está transmitida nos nomes escolhidos para os rótulos e suas ilustrações. O trabalho artístico é do ilustrador Caio Stolf. Por trás de cada desenho existe uma história, um conceito, uma inspiração que pode vir de estudos de botânica, mitologia e cultura brasileira. A arquiteta e namorada de Caio, Taís, também contribui nas criações, como no caso da ilustração do rótulo Panopticon. Esse nome é um termo criado pelo filósofo inglês Jeremy Bentham para seu projeto de uma penitenciária ideal, que era também o tema de estudo da arquiteta, que pesquisava sobre formas de organização espacial das prisões. A planta deste projeto foi a inspiração de Caio para o rótulo.

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Fonte: Art Presse

By Henrique Carnevalli

Viciado em música, Pirado na fase psicodélica do Ronnie Von e Corinthiano. Lupúlomaníaco e Beer Sommelier formado no ICB.

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