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A nossa 23ª edição do RockBreja+Prosa vem pela primeira vez em dose dupla com cervejeiros!E para começar bem, falamos com os brejeiros da Júpiter e Urbana, David Michelsohn e André Cancegliero. Ambos contaram um pouco sobre a história das cervejarias, seu inicio no mundo da cerveja, sua paixão ao rock e algumas preferências no mundo do rock e breja. Ficou muito bacana!

As paulistas Júpiter e Urbana praticamente estão sempre fazendo algo colaborativo, ambas foram premiadas em diversos Festivais Brasil à fora e eles estarão fazendo uma nova colaborativa e conta contou com a ajuda do público para o andamento do rótulo, a “Tarja Preta”. No mês de agosto eles estarão juntos novamente e com mais outras cervejarias no 2º Festival Paulista de Cerveja Artesanal que acontece na capital paulista, e para quem for no evento, se preparem que terá cervejas exclusivas para o evento e que você não vai encontrar por aí!

Vamos pegar uma Júpiter e Urbana para ler a entrevista?

ROCKBREJA: Obrigado pelo espaço André e David, primeiramente queremos saber como foi a criação da Urbana e da Júpiter?

Andre: A Urbana nasceu dentro do meu apartamento. Éramos três amigos, a gente fazia engenharia juntos e curtíamos muito cerveja. Um dia no EAP conhecemos um cara que fazia cerveja em casa e deu as dicas para a gente. Na segunda-feira seguinte estávamos com tudo comprado e no final de semana estava brassando. Assim surgiu a Urbana. Depois ela foi tendo outras configurações e sócios. Hoje eu sou o único que esteve desde o início.

David: Eu comecei com meus irmãos no quintal de casa, fazendo cerveja na panela. Era uma época bem bacana, não tínhamos limite para as receitas, valia qualquer ingrediente que desse na telha, e em qualquer quantidade. Imagine aí quilos e quilos de lúpulo, várias frutas exóticas, castanhas, especiarias, pimentas… A gente chamava a cerveja de Tupã, só mudou pra Júpiter depois.

American Pale Ale e IPA (Júpiter)
American Pale Ale e IPA (Júpiter)

 

ROCKBREJA: Como foram os seus primeiros contatos com o mundo da cerveja?

Andre: Nossa, essa é difícil. Eu tomo cerveja especial desde que me conheço por gente! Eu e minha família sempre viajou muito e gostamos de provar coisas diferentes e locais, então, como eu sempre gostei de cerveja pedia o que me parecia mais inusitado no cardápio. Basicamente tomo cerveja artesanal desde que tenho idade legal para beber.

David: Vale cervejada da faculdade? Agora sem sacanagem, meu primeiro contato com cerveja de verdade foi no tempo que eu morei na Inglaterra, de 2002 a 2005, onde comecei com a inevitável Guinness, depois Staropramen, Leffe e Hoegaarden que tem em qualquer pub sem vergonha por lá. Mas um dia caí num lugar diferente, que tinha 18 tipos de chope. Provei IPA, Cask Ale, Brown Ale… comecei a ficar curioso.

 

ROCKBREJA: A Urbana e Júpiter sempre estão juntas ou fazendo cervejas colaborativas ou participando de eventos Brasil a fora, a última delas é a “Tarja Preta” que será um financiamento coletivo (Nós também contribuímos!), como foi que começou a ideia de fazer este rótulo com um nome bem curioso?

David: A ideia era fazer uma cerveja porrada e com a água da lavagem, fazer uma cerveja mais leve. A Tarja Preta é a cerveja leve, com apenas 7% de álcool.

Programa local entrevistando David no Blondine RockFest
Programa local entrevistando David no Blondine RockFest

ROCKBREJA: Bom, vocês já devem ter degustado inúmeros rótulos de cerveja mundo á fora, para vocês qual foi a cerveja que você degustou e gostou?

David: Depende muito da situação, da companhia e do estado de espírito. Mas pra dar uma resposta mais exata eu diria que foi a Hunaphu’s Revenge, da Cigar City, que eu provei em 2014 no CBC de Copenhagen.

Andre: Vou ter que concordar com o Davi, isso é muito relativo. Existem várias melhores cervejas, depende do momento, da situação. Mas na última viagem que eu fiz, tomei a Orval Vert, é sensacional e com certeza foi a melhor cerveja da viagem. E com certeza também posso dizer que entra na categoria de melhores a primeira Gordelícia que foi brassada oficialmente

gordelicia
Gordelícia (Estilo: Belgian Golden Strong Ale / Teor Alcoólico: 7,5º / Cervejaria: Urbana)

 

ROCKBREJA: Uma cerveja que vocês degustaram e acharam “Peculiares” das outras:

Andre: Esse ano provei uma cerveja de durião, uma fruta muito comum no Oriente conhecida por ser a mais fedida. Definitivamente essa entrou na categoria de ”peculiares”.

David: A Gorda Azeda. A melhor cerveja feita pelo André que eu já bebi foi uma Gordelícia que deu errado e virou uma sour. Também sou fã da Piscadinha e da Boo.

 

ROCKBREJA: O mercado cervejeiro apesar da alta dos impostos continua em crescimento, isso claro com a ajuda do público que começou a se interessar mais pelas cervejas artesanais, qual o comparativo que vocês fazem de dez anos para cá com este aumento e nascimento de muitas cervejarias artesanais?

Andre: Acredito muito que quem regula o mercado é o público. Há 10 anos nós tínhamos um público leigo que conhecia pouco sobre cerveja e consequentemente exigia pouco do produto que tomava. Hoje temos um público que conhece muito mais de cerveja e logo demandam cervejas melhores e por isso o mercado cada vez mais está lançando cervejas mais interessantes e com uma qualidade melhor. É um crescimento contínuo, por mais que tenha trancos e barrancos.

André em entrevista durante o Blondine RockFest na Cervejaria Blondine
André em entrevista durante o Blondine RockFest na Cervejaria Blondine

 

ROCKBREJA: Não poderia faltar o assunto rock em nosso site, qual banda ou artista que não sai de sua playlist?

Andre: Definitivamente não pode faltar Ramones, depois vem Raimundos, Sepultura, Iron Maiden, Motorhead, Rage Agains the Machine…

David: Só tenho bizarria na playlist. Mas gosto muito d’O Terno, curto Raimundos, Gonjasufi, Best Coast…

 

ROCKBREJA: Como começou a sua paixão pelo Rock?

Andre: O rock fez parte da minha vida desde criança, mas tive a sorte de morar em frente uma loja de CDs durante a adolescência. Gastei muito tempo por lá ouvindo e comprando música, o que me fez mais eclético com o passar do tempo.

David: Na coleção de vinis que tinha na casa do meu tio. Lá tinha tudo de bom, Jimi Hendrix, Led Zeppelin, Pink Floyd, além de muito reggae, jazz e blues.

 

ROCKBREJA: Um show inesquecível que vocês foram e marcou suas vidas?

Andre: 1996 foi um ano inesquecível, com o show do AC/DC, o melhor que já fui na minha vida, e o show de despedida do Ramones em Nova York no Lollapalooza. E o show do Raimundos que eu produzi em 2012 também foi para ficar na memória.

David: Sepultura na Praça Charles Miller? NOFX no KVA? Planet Hemp no Palace? Melhor eu parar de falar, já entreguei minha idade!

 

ROCKBREJA: Uma brincadeira. Cite uma cerveja e banda que se harmonizam juntas?

Andre: Júpiter e Waldick Soriano!

David: Urbana e Fundo de quintal!

 

ROCKBREJA: Uma mensagem final para os rockeiros e brejeiros do site:

Andre: Bebam cerveja com atenção. A quantidade é secundária e a qualidade só vale a pena de verdade quando se está atento ao que se bebe. E apareça no 2º Festival Paulista de Cerveja Artesanal, vai ter muita, mas MUITA cerveja boa e até algumas que não se vê por aí.

 

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Agradecimentos: Laís Cavassana (RS Press)

By Henrique Carnevalli

Viciado em música, Pirado na fase psicodélica do Ronnie Von e Corinthiano. Lupúlomaníaco e Beer Sommelier formado no ICB.

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