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Bruno Pinho e Allan Sampaio (Maieuttica)

Foto: Deu Zebraa (Bruno Pinho)/ Sidnei Ribeiro (Allan Sampaio)

A nossa 19ª edição do “RockBreja+Prosa” vem em dose dupla! Vindo direto do Rio de Janeiro, conversamos com o baixista e vocalista da banda Maieuttica, Bruno Pinho e Allan Sampaio.

Os músicos que contaram um pouco sobre o nome da banda, também rolou uma prosa sobre o álbum “Por Árduos Caminhos Até Às estrelas”, a cena metalcore que anda crescendo no Brasil, e suas preferências cervejeiras!

A banda Maieuttica surgiu em 2005, mas precisamente na Ilha do Governador no Rio de Janeiro. Eles que passaram por diversas formações e com fortes influências de Sepultura, Lamb Of God, Pantera e entre outras, lançaram seu websingle “Nosce te Ipsum” que teve grande repercussão em 2011. Em 2014, a banda está promovendo seu mais recente álbum “Por Árduos Caminhos Até Às estrelas”, que foi produzido por Adair Daufembach (Aquiles Priester, Project46), o disco que já não conta mais com o guitarrista e fundador Caléo Lima que faleceu em 2013, vitima de acidente de transito.

Que tal pegar sua breja tripel e ler?

ROCKBREJA: Obrigado Allan e Bruno pelo espaço em nossa entrevista. Qual o significado do nome Maieuttica?

Bruno: Maieuttica é uma variação do nome “Maiêutica”, que é um termo filosófico criado por Sócrates e significa o “parto” das ideias, da procura da verdade no interior do ser humano, por meio de questões simples, inseridas num conceito determinado.
O nome foi escolhido por nosso guitarrista e fundador Caléo Lima. Desenvolvemos essa veia filosófica que sempre gostamos nas letras, porém desde o nome da banda já estava claro que seguiríamos esse caminho.

Maieuttica (Allan Sampaio – Vocal, Tássio Silva – Guitarra, Rômulo ‘Grilo’ – Bateria, Bruno Pinho – Baixo e Frank – Vocal) Foto: Divulgação

ROCKBREJA: O álbum “Por Árduos Caminhos Até Às estrelas” foi produzido pelo renomado Adair Daufembach, como foram as ideias de composições para a criação do disco?

Bruno: Metade das músicas desse CD eram ideias de composições bem antigas, do começo da banda (ou quando nem era uma banda de fato, só amigos se juntando pra tocar algo). Com o tempo elas foram sendo aprimoradas e fomos ganhando novas influencias e colocando no nosso som. Transição e Por 1 Segundo são duas das canções que as pessoas mais elogiam e são dois extremos das composições, uma das mais antigas e uma das mais novas.

 

ROCKBREJA: Neste mesmo período, vocês tiveram uma perda importante na banda, o falecimento do guitarrista e fundador da banda, Caléo Lima. Como ele era nos bastidores com os integrantes?

Allan Sampaio: Posso de dizer que era um grande músico, um grande pai, um grande amigo. Faz muita falta.

Bruno Pinho: Quando alguém falece, nós temos a tendência de “endeusar” essa pessoa. É difícil falar do Caléo sem parecer que estou fazendo isso. Ele realmente era um cara tão correto, sempre trazia soluções, tinha ideias sensacionais e era parte fundamental da banda. Além do lado companheiro de banda, tinha o lado amigo, onde só posso novamente tecer elogios. Um cara honesto de todas as formas, companheiro e engraçado (por fazer piadas muito sem graça! haha). Realmente é difícil falar sem parecer que estou enaltecendo ele demais, mas digo sinceramente que ele era uma pessoa incrível. Depois que ele se foi eu entendi o que dizem de “Only the good die Young”. Mas sei que ele ainda está com a gente.

Foto: Página Oficial

 

ROCKBREJA: Como está a produção do novo videoclipe da banda? Podem adiantar algo?

Bruno Pinho: 2015 vai vir com muitas novidades, e com certeza um material audiovisual vai pintar por aí!

 

ROCKBREJA: O metalcore é um estilo novo que vem conquistando espaço entre a nação roqueira, e principalmente vem surgindo ótimas bandas deste cenário como Every Man Is A Island e Confronto. Como vocês veem esta nova “Onda” do crescimento deste gênero aqui no Brasil e fora também?

Allan Sampaio: Muito bom, independente do metal, vejo que a cena independente está com um rumo forte. A internet tá ai pra isso, se você é bom as pessoas vão lhe ouvir .

Bruno Pinho: É muito bacana ver as bandas empolgadas e correndo atrás. Infelizmente ainda tem muita banda que trabalha de forma errada, mas isso vem diminuindo. Todas as bandas que estão tendo reconhecimento, como o EMII e o Confronto que citou, são totais merecedores de estarem onde estão.

“Por Árduos Caminhos Até Às estrelas” (2014)

 

ROCKBREJA: Quais artistas que são suas grandes influências para seguir carreira com a música?

Allan Sampaio: Por incrível que parece sempre admirei o metal, como Sepultura, Slayer e o Iron Maiden, mas meu gosto mesmo ficou afinco quando passei a ouvir aquela onda do New Metal. Deftones, Korn, Limp Bizkit, Papa Roach. Isso sim me fez trilhar essa correria.

Bruno Pinho: O que me vem em mente de cara é sem dúvida o Sepultura, que botou a cara a tapa numa época em que tudo era mais complicado, correu atrás e sempre foi profissional, e um exemplo muito mais próximo de nós que é o Project46, em que cada dia mais os vejo crescendo e evoluindo e, ainda mais por conhecermos eles, dá uma alegria imensa ver essa conquista pra eles e pro metal underground nacional.

 

ROCKBREJA: Agora o nosso assunto é alcoólico! Quais suas preferências de tipos de cervejas que existem no mundo?

Allan Sampaio: Peço desculpas, sou de beber qualquer coisa, mas a Chimay, putz… Fiquei doido com ela. Que porra de cerveja fdp!

Bruno Pinho: Tenho um carinho pelas mais fortes e amargas, mas assumo que nesse calor de 50° do Rio de Janeiro, nem sempre dá pra beber… Aí acaba que a boa e velha “água suja” cai bem, por ser leve e refrescar. Eu tinha preconceito por achar que “não é cerveja de verdade”, mas depois da copa do mundo, que vi um monte de alemão e belga bebendo Itaipava e falando que era a melhor coisa do mundo, eu repensei. Não adianta querer pagar de europeu num sol de rachar, né? Mas pra ocasiões especiais, climas mais frios ou “mais quentes” (hehe), uma IPA ou até mesmo uma Lager, como a Karavelle Keller, uma cerveja nacional e muito boa!

Karavelle Keller (Estilo: Keller/ Teor Alcoólico: 4,5%/ Cervejaria: Karavelle/ País: Brasil)

 

ROCKBREJA: Por ter muitas opções de cervejas especiais que existem, é bem difícil escolher uma preferida, mas qual seria aquela “breja” que vocês tomaram e recomendam para nós?

Allan Sampaio: Chimay chimay… Saudades!

Bruno Pinho: É difícil responder isso, mas uma que foi paixão ao primeiro gole e nunca mais saiu de minha memória foi a Chimay Blue. Saudades… (eu sempre te amei)

Chimay Blue (Estilo: Belgian Dark Strong Ale/ Teor Alcoólico: 9%/ Cervejaria: Chimay/ País: Bélgica) Preferências de Bruno e Allan

 

ROCKBREJA: A “Leva” de cervejas Rock parece ser um negócio bem interessante, afinal une o rock e a cerveja, se a banda Maieuttica criasse uma cerveja sua qual seria o nome dela e tipo dela (IPA, Weiss, Stout..)?

Bruno: O nome, pra mim e se fosse hoje, seria “Desumanidade”. Seria uma Trappiste autêntica (Se não fosse sonhar muito alto hahaha). Sonhando mais baixo, uma IPA é uma boa!

 

ROCKBREJA: Rock + Breja, o que passa na sua cabeça esta combinação?

Allan Sampaio: Quem não curte um bom som com aquela breja? Perfeito!

Bruno Pinho: Futebol sem bola, piu piu sem frajola, eu sem rock e breja… Posso continuar dando exemplos até amanha! hahahaha

 

ROCKBREJA: Uma mensagem final para os fãs do Maieuttica no RockBreja:

Allan Sampaio: Muto obrigado pela oportunidade, sempre bom ver mais um canal aberto para divulgação e todo esse trabalho. E aos fãs e amigos… Fiquem ligados, novidades estão por vir.

Bruno Pinho: Muito obrigado pela oportunidade de falar sobre duas coisas que eu adoro! Obrigado a todos que leram essa entrevista até o fim, nunca deixem de apoiar as bandas da sua cidade, do seu país, do seu vizinho! Um bom começo de 2015 a todos e aguardem novidades boas do Maieuttica!

Links:

http://www.maieuttica.com.br/
https://www.facebook.com/MAIEUTTICA.OFICIAL
https://twitter.com/Maieuttica
https://soundcloud.com/maieuttica
http://www.youtube.com/user/Maieuttica

 

Agradecimentos: Sandro Pessoa e Ellen Maris (Sunset Metal Press)

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