Fundada em 1998 e atualmente sem nenhum integrante original, o Brave continua firme e muito forte no cenário do metal nacional. Passam-se os anos, formação, pandemia e a banda continua com o seu legado e, desde 2011 com o batera Carlos Alexgrave e o baixista Ricardo Carbonero, atualmente os dois mais velhos na banda.
Quem completa o time são o vocalista Sidney Milano, que entrou no segundo disco, Kill the Bastard e o guitarrista Carlos Bertolazi (muito cuidado pois existe um chef de cozinha renomado e apresentador de TV de mesmo nome!).
A banda que inicialmente era composta por integrantes de Itú, atualmente se divide com integrantes de Porto Feliz e Sorocaba.
No início era composta por duas guitarras e atualmente estão apenas com uma, o que na verdade não deixa nada a desejar. Bertolazi não deixa a peteca cair em nenhum momento.
A banda tem influências de Judas Priest, Accept, Running Wild e claramente e mais forte de Manowar e, curiosamente, receberam o título de Brutal Power Metal. Particularmente achei muito acertada esta nomenclatura, pois o Power Metal tem um vocal mais melódico e isso, nem sempre a banda costuma ter, centralizando mais na linha falada do que melódica.
Graças à desenvoltura, malabarismos e o incansável empenho da equipe do Som do Darma, que não medem esforços para divulgar o seu cast, mais especificamente na pessoa de Susi, conseguiram participar do programa “Pegadas do Andreas Kisser“, do qual a banda teve uma projeção incrível.
Com conceito de lutas e batalhas, The Oracle é um disco mais maduro, os riffs estão mais concisos, na verdade é o disco mais profissional ja que todos participaram com tudo, nos anteriores não foi bem assim.
O foco é menos músicas com mais qualidade, lembrando que o disco tem apenas 8 faixas e pouco
mais de 30 minutos de duração.
A ideia é que todas as faixas tenham videoclipes para que as pessoas conheçam as músicas através dos clipes.
E olha que eles são muito guerreiros, fazem parte da leva que lançaram seus trabalhos em meio à pandemia da Covid-19, uma tarefa nada fácil.
Destaque para as faixas Firestorm, The Oracle, We Fight for Odin e Valhalla (a minha favorita do disco).
A música We Burn the Heart é a mais diferente e atemporal com relação às demais pois possui vários elementos que podem agradar várias pessoas, uma espécie de acústica com uma atmosfera bem peculiar… pra deixar a galera bem curiosa!
Este disco está recheado de refrãos grudentos que ficam na cabeça de uma forma bem marcante, mas não sacal, pelo contrário, queremos ouvir mais e mais vezes pra cantar junto com certa quantidade de vezes que se ouve o disco.
Arte
Quem assina a capa é Manoel Hellsen de Sorocaba que, inclusive, fez várias capas para bandas de Sorocaba. Manoel é um cara bem descolado e fez o vídeo de Firestorm. Simplesmente fez, mandou pra banda e a galera assinou embaixo sem pestaneja.
Algo “estranho” que percebi foi que a cópia que tenho informa um Set List e na hora de ouvir o disco a ordem é outra (como se pode observar no item “Set List“), não sei se foi uma falha na hora de confeccionar o encarte e contra-capa ou se o número da faixa está errado.
Encarte sem maiores pretensões, com letras, ficha técnica, produção, agradecimentos, tudo bem clean e muito honesto.
No geral
Como a onda agora são festivais virtuais por causa da pandemia, recentemente a banda participou do “Caio Indica Fest 4 – 5º Ato (24/07/2021)” e dividiu o horário com bandas do porte de Camus (PE), Circus (RJ), Leviaethan (RS), Metauro (SP), Warshipper (SP).
A banda relançou o disco “Kill The Bastard” na versão em slipcase e nele há uma faixa bônus, “Power in Battle”, com a participação especial da lenda Steve Grimmett – Grim Reaper!
O Brave tem uma carreta que leva todo o equipamento de som e cenário também como banner, tripé, e etc, eles são uma banda que se preocupa com o público, com o que eles vão receber.
Os integrantes não cansam de deixar registrado o grande apoio que o Som do Darma realiza, mostrando pra banda não só novos horizontes, mas como também novas possibilidades.
A banda também tem muita influências de filosofia do Manowar como a mitologia nórdica – característica Bárbara, a saga do herói, heroísmo que sempre existiu.
É um disco “redondíssimo“, tudo certinho no seu devido lugar, não temos fritação de guitarra, vocais desgastantes, batera exagerada… nada disso, inclusive faço aqui um elogio e destaque pra batera do meu xará Alexgrave, gostei muito da timbragem da batera bem como o que ele faz em todo o trabalho. O ponto forte é sempre um pequeno detalhe aqui e ali, uma virada, um bumbo duplo que faz com doses equilibradas. Parabéns!!!
A banda vai levar 7 brejas incrivelmente geladas!
Set List (apresentado)
1. Intro
2. Firestorm
3. The Oracle
4. We Fight for Odin
5. Valhalla
6. Wake the Fury
7. Fall to the Empire
8. We Burn the Heart
Set List (correto)
1. Intro
2. Firestorm
3. The Oracle
4. We Fight for Odin
5. Wake the Fury
6. Fall to the Empire
7. Valhalla
8. We Burn the Heart
Formação
Sidney Milano – Voz
Carlos Bertolazi – Guitarra
Ricardo Carbonero – Baixo
Carlos Alexgrave – Bateria