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Black Pantera – Agressão (2018)

Abril de 2014, no QG em Uberaba (MG), nascia o que hoje conhecemos como Black Pantera, banda que mostra muita energia, vigor, agressividade e acima de tudo: muita competência!

Eis aqui mais um power trio que, se me permitem rotular, de crossover e explico: rotulo-os de crossover devido a mistura de ritmos pesados numa única banda. Isso é muito verdade porque ao ouvir o som do Black Pantera, consegui sentir como se colocássemos as seguintes bandas e misturá-las no liquidificador: Sepultura, Ratos de Porão, Cólera e Planet Hemp!
Gosto, e muito, de todas as bandas que relacionei, portanto ao ouvir o som dos caras, me deu um prazer enorme.

O nome Black Pantera é inspirado nos revolucionários Black Panthers, partido que lutava por direitos iguais para pobres e negros nos EUA. Diretamente isso tem tudo a ver com a banda que, além de ter integrantes negros, faz músicas de protesto e preza pela atitude.

A banda ja tem 2 discos gravados, Project Black Pantera/2015 e Agressão/2018.

Além de abrirem para super bandas como por exemplo: O Rappa, Slayer, Sepultura, Krisium, System of a Down, Dead Fish, Project 46 e também ja participaram de festivais de renome como o Afropunk (Paris, 2016) e o Download Festival (Paris, 2017), Porão do Rock (Brasília, 2017) e ano passado,2017, retornaram para a Europa. Ou seja, a galera ta ralando demais e o resultado disso vem a cada dia nos shows em que a banda mostra a cara.

Apesar do disco ter uma duração pequena, com pouco mais de 38 minutos de duração a galera não poupa na energia e agressividade. Mandam o recado na lata, ja que as músicas são cantadas em português.
É um som gutural porém audível. Utilizam uma receita simples e incrível em suas letras e que funcionam muito bem, são frases comumente utilizadas no cotidiano da maioria das pessoas, como: “Eu boto pra foder“, “Taca o Foda-se“, “Tem de meter o louco mesmo“, “Ninguém é de Ninguém” e por aí vai.

As músicas tem, em média, 3 minutos de duração, isso faz com que o disco todo tenha apenas pouco mais de 38 minutos.
São 11 músicas e vou ser muito sincero: gostei de, praticamente, todas as músicas do disco, porém ressalto algumas como músicas de destaques:
Prefácio (que inclusive tem video Clipe, Extra!, Taca o Foda-se, O Sexto Dia Onde os Fracos Não Tem Vez (são as minhas preferidas!), O Último Homem em Pé e Granada (com os seus “entalhes” de baixo).

Arte
Como resenhamos a versão digital deste trabalho, somente podemos avaliar a capa, que cá entre nós, é simplesmente
espetacular! Como eu defini o som dos caras de crossover (referência a vários estilos de música no som da banda) posso também rotular como uma capa crossover também, pois tem a representação de cada item de cada letra mostrado pela banda e muita “agressão” também, um turbilhão de informações…

No Geral
É uma banda relativamente nova mas que tá ralando muito para ter o seu lugar ao som. O objetivo deles, segundo li em uma entrevista, é assinar com uma grande gravadora já que seus trabalhos são independentes, só tomem cuidado para não cair nas armadilhas e serem obrigados a ficarem comerciais demais, como comumente acontece por aí.
Muita sorte para vocês e sou mais um que torço para que alcancem seus objetivos!
Ah, achei muito criativo o personagem “Pancho”, representado na pessoa do baterista Rodrigo.

Vão levar 8 cervejas estupidamente geladas pra curtir o calor do Nordeste quando vierem pra cá.

Formação
Charles Gama – Guitarra/Vocal
Chaene da Gama – Baixo/Vocal
Rodrigo Augusto (Pancho) – Bateria

Track List
1 – Prefácio
2 – Alvo na Mira
3 – Extra!
4 – Taca o Foda-se
5 – Poder para o Povo
6 – O Sexto Dia
7 – Onde os Fracos Não Tem Vez
8 – Seasons
9 – Baculejo
10 – O Último Homem em Pé
11 – Granada

NOTA:  08/10

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