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Raphael e Fabio (Shadowside)

E o nosso quarto ROCKBREJA + Prosa é em dose dupla!!! Nada menos que o guitarrista e baterista do Shadowside, Raphael Mattos e Fabio Buitvidas.

Shadowside já é considerada uma das principais bandas de metal aqui em terras brasileiras, entrando no grupo como Sepultura, Angra, Viper, Almah, Noturnall e SupreMa. A banda que se formou em 2001, já tem 4 álbuns lançados (contando com EP Shadowside), e tem seu nome gravado lá fora, bandas como Helloween, Primal Fear, Iron Maiden e Nightwish são algumas que eles já dividiram os palcos, além de grandes festivais como Flight of the Valkyries e Rocklahoma. Seu último trabalho é “Inner Monster Out” lançado em 2011.

Raphael e Fabio contou um pouco sobre sua paixão pelo Metal, Shadowside, Melhores de 2013 do site Whiplash e claro, suas preferências no mundo brejeiro. Confira:

 

ROCKBREJA: Quando começou a paixão pelo metal?

Raphael Mattos: Bom, meu pai sempre gostou de Rock, então fui criado ouvindo bandas como Rolling Stones, The Who e Led Zeppelin. Em 1991, meu pai me levou em um show do Deep Purple e isso mudou minha vida! Me apaixonei por Ritchie Blackmore e pelo instrumento que toco hoje. Daí para frente, eu aprendi a tocar e comecei a ouvir bandas mais pesadas principalmente o Pantera, que fazia muito sucesso no mainstream.

Fabio Buitvidas: Já da minha parte faz um bom tempo! Bem no início dos anos 80, naquela época era só Black Sabbath, AC/DC, Deep Purple, Led Zeppelin… apesar de algumas delas não serem propriamente Heavy Metal eram consideradas como, pelo menos aos meus ouvidos. Depois vieram Iron Maiden, Def Leppard, Van Halen, Kiss e então apareceu o Venom e a sequência com Metallica, Exodus, Slayer, Anthrax .

 

ROCKBREJA: Shadowside já é considerada uma das bandas mais importantes do cenário metal nacional. Como é o sentimento de vocês com essa conquista nesse rigoroso mundo metal?

Fabio Buitvidas: Acredito que só pelo fato de você estar fazendo seu trabalho já é digno de nota. Nós alcançamos muitos objetivos, mas ainda temos uma longa estrada a percorrer. Na verdade isso nunca acaba! Você sempre quer fazer um trabalho melhor, um show melhor, continuar fazendo a música que gosta e, com isso, vai-se conquistando o respeito e admiração das pessoas e assim tornando-se relevante. Eu faço isso porque gosto e não por reconhecimento e, por isso, é uma surpresa quando alguém te diz que se inspirou no que você faz para começar uma banda, começar a tocar… um dia alguém me inspirou a fazer isso também e causar esta reação em alguém é uma sensação surreal, mas muito agradável. Nós conquistamos alguma coisa, porque fazemos um trabalho sincero e buscamos nossa satisfação acima de tudo… satisfação com o trabalho que fazemos!

Raphael Mattos: Como o Fabio disse fazemos o que gostamos não apenas pelo reconhecimento, quando entramos no processo criativo da banda, primeiro procuramos fazer aquilo que nos agrada. No final das contas, como na Shadowside nossos gostos musicais não são equivalentes, o resultado final acaba ficando bem peculiar e sincero dentro do gênero.

 

ROCKBREJA: Vocês tocaram com grandes bandas como Nightwish no inicio da carreira, Iron Maiden, Kittie e Sepultura nos festivais fora do Brasil, como é o clima destes novos fãs estrangeiros?

Fabio Buitvidas: Não posso lhe falar sobre Nightwish, pois ainda não estava na banda. Na verdade, o Shadowside daquela época é muito diferente com o que temos hoje… Meu primeiro show com a banda já foi com o Helloween, no antigo Claro Hall, no Rio de Janeiro. Desde então tocamos com Iron Maiden, Queensryche, Gamma Ray, WASP e muitas outras bandas. É muito legal a reação das pessoas quando somos headliners, também somos a banda de abertura ou estamos ainda embaixo no cartaz e, ainda há pessoas que não nos conhecem e então vemos a reação deles ao assistir nosso show, alguns cantam juntos após algum tempo… temos fãs dedicados em todos os lugares, desde pessoas que nos seguem nos Estados Unidos em todos os shows que fazemos ou na Inglaterra e também brasileiros que estão lá fora e vêm nos prestigiar…sempre com muito amor, carinho e respeito!

 

ROCKBREJA: Vocês também fizeram uma turnê conjunta com o Helloween e Gamma Ray em 2013, poderia acontecer uma parceira com a banda novamente em um nova turnê?

Fabio Buitvidas: Claro que sim, apenas precisa aparecer a oportunidade! Não é uma coisa que você fique repetindo a toda hora porque senão perde a graça, mas definitivamente estaremos juntos novamente e espero que isso aconteça muito em breve. A turnê foi maravilhosa!

Raphael Mattos: Sem contar que são ótimos caras também! Por incrível que pareça, tocar com essas bandas estrangeiras e que já estão estabilizadas no mercado é muito fácil. Basta você os respeitarem que serão igualmente tratados, é tudo muito correto, principalmente na Europa, com relação à horários, passagem de som, sempre tem o tempo de palco que lhe foi estabelecido.

shadowside paris lowShadowside. Foto: Costábile Salzano Jr.

ROCKBREJA: Vocês foram citados como um dos nomes da enquete realizada pelo site Whiplash nos melhores de 2013. Para vocês qual foi a sensação de ver que os fãs reconhecem a cada ano seus trabalhos?

Raphael Mattos: É importante ser lembrado todo ano, mesmo quando você não lançou um trabalho de estúdio. Ser lembrado neste ano mostra que o público aprovou nossos shows, pois foi o que mais fizemos, além das pessoas ainda estarem com o “Inner Monster Out” na cabeça.

Fabio Buitvidas: É muito bom ter seu nome numa lista de melhores do ano, é sempre uma honra e responsabilidade muito grandes, porque estas listas estão sempre mostrando nomes de muita capacidade e qualidade.

 

ROCKBREJA: Quando está fora da banda, o que gostam de fazer? Tem alguma banda ou álbum que vocês não param de ouvir ultimamente?

Raphael Mattos: Bem, eu sou gamer fanático, quase todo meu tempo livre eu acabo jogando, tenho um grande acervo de jogos e possuo quase todos os últimos consoles. E futebol, tento assistir o máximo de jogos possíveis dos campeonatos europeus. Fora da banda, eu trabalho como professor de música, além de tocar na noite santista. Continuo escutando o que sempre escutei, estou meio parado com relação a novidades. Tenho minhas bandas favoritas e sempre escuto seus novos trabalhos, mas atualmente tenho preferido sons como 30 Seconds to Mars e Munford & Sons.

Fabio Buitvidas: Eu gostaria de fazer muita coisa, mas estou sempre trabalhando, sobra tempo nenhum para algum hobby, mas estou sempre ouvindo música. Costumo ouvir sempre as mesmas coisas que sempre ouvi… não sou nada aberto a novidades musicais e conheço muito pouco do que é feito hoje em dia, mas algumas coisas me chamam atenção. O que tenho ouvido ultimamente é o último do Satriani que é excelente, Demonica que é um cacete só e o último trabalho de uma banda lituana chamada Zalvarinis que tem duas cantoras fantásticas.

 

ROCKBREJA: ROCKBREJA fala também de cerveja, quais são suas preferências de brejas?

Raphael Mattos: Brown Ales e as Pilsners tchecas também. O engraçado é que antes de sair para viajar com a banda eu não curtia cervejas, até porque minhas referências eram as nacionais…e bem, ai num dava… o Fabio me introduziu à este maravilhoso novo Mundo.

Fabio Buitvidas: Eu gosto das cervejas feitas de cereais maltados…. gosto de cerveja com corpo, não com quinhentos graus de álcool, mas sim as que têm corpo, sabor.. não gosto das populares justamente por não terem corpo… parecem água com palha e álcool. Hoje há excelentes cervejas nacionais, das artesanais, mas ainda fico com as tchecas, lituanas, belgas, inglesas e alemãs, nessa ordem.

 

ROCKBREJA: Tem alguma cerveja que vocês indicam para o público do ROCKBREJA?

Raphael Mattos: Bom, eu sou fanático pela Newcastle é minha cerveja de abertura, todo lugar que eu saio e a encontro eu começo a noite com uma. Gosto muito das inglesas como a Old Tom e a Theakston XB. Foi em Londres que tomei uma das coisas mais fantásticas da minha vida a John Smiths. Gosto das tchecas 1795 e a Urquell, e algumas alemão com um paladar mias cítrico como a Hoegaarden, por exemplo. No Brasil, fico com a Teresópolis, principalmente a ruiva.

Fabio Buitvidas: Varniuku, da Lituânia, que é uma cerveja escura com um sabor levemente adocicado e tostado, por causa do malte torrado, John Smiths da Inglaterra que parece uma calda de tão macia que é e a fantástica, Pilsner Urquell da Republica Tcheca… essa sim uma cerveja para profissionais, amarga, com corpo e alma..daquelas que apreciadores de Antarctica fariam cara feia ao beber. Do Brasil, eu gostava muito da Kaiser Bock de quando foi lançado no início dos anos 90, mas hoje ela me parece diferente, havia também a Skol Ice que era fantástica… isso numa época que as importadas haviam invadido os supermercados mas ainda não havia a Ambev e as cervejarias nacionais não se preocupavam muito com variedade mas produziam cervejas ditas comuns com mais qualidade.

beernewcastleNewcastle (Preferência do Raphael). Foto: Divulgação

pilsnerurquellPilsner Urquell (Preferência do Fabio). Foto: Divulgação

ROCKBREJA: Sobre as cervejas Rock que foram lançadas por diversas bandas, quais as que vocês gostaram e recomendam?

Raphael Mattos: Não conheço muitas, mas eu gostei da Trooper do Maiden (bem, é inglesa…rs), e das nacionais gostei de uma do Velhas Virgens, mas não me recordo bem, acho que tinha algo de banana.*

Fabio Buitvidas: Ainda estou experimentando mas até agora a que me chamou mais atenção foi a Matanza.

 

ROCKBREJA: Rock + Cerveja, o que passa nas suas cabeças essa combinação?

Raphael Mattos: Combinação perfeita, melhor coisa é beber uma cerveja que tenha a ver com som que está tocando. Por exemplo tá ouvindo um Judas Priest inglesona encorpada ou uma Weiss ao som de um Power Metal cru e visceral.

Fabio Buitividas: Uma está ligada à outra…e são duas das três coisas que gosto..a outra é mulher…

 

ROCKBREJA: Uma mensagem final para o público do RockBreja!

Raphael Mattos: Muito obrigado pelo espaço e pelo apoio. Ouçam o “Inner Monster Out” no último volume, incomodem bastante os seus vizinhos. Haha

A Shadowside está sempre na estrada, portanto, aguardem que em breve podemos estar na sua cidade ou bem próximo dela. Fiquem ligados no nosso website, nas nossas redes sociais. Espero encontra-los, em breve, num palco perto de vocês. E quando nos verem é só nos convidar pra tomar umas!

Fabio Buitvidas: Que bebam com responsabilidade e que me convidem para uma rodada! HAHAHA

*Cerveja “Velhas Virgens Brownie Rockin’ Beer”
 

Links:

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Agradecimentos: Costábile Salzano Jr. (The Ultimate Music – PR)

By Henrique Carnevalli

Viciado em música, Pirado na fase psicodélica do Ronnie Von e Corinthiano. Lupúlomaníaco e Beer Sommelier formado no ICB.

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